Inadimplência atinge 4,8% da população rural no Estado
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira27 de Novembro de 2024

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Inadimplência atinge 4,8% da população rural no Estado

Rio Grande do Sul foi o Estado com menor percentual de proprietários no vermelho

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Inadimplência atinge 4,8% da população rural no Estado
Serasa reforça a importância de medidas para atenuar perdas sofridas durante a crise climática no Estado (Foto: José Schäfer | Emater RS

Dados da Serasa Experian revelaram o cenário ameno da inadimplência rural no Rio Grande do Sul como na Região Sul do país. De acordo com as informações, apenas 4,8% da população rural estava inadimplente no Estado gaúcho durante o segundo trimestre deste ano. No Brasil, a inadimplência alcançou 7,4% da população rural que atua como pessoa física.

Conforme explica o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, o dado gaúcho leva em consideração a suspensão das negativações no Rio Grande do Sul anunciada pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), que perdurou por 60 dias, em função das enchentes que ocorreram na região. “Essa foi uma iniciativa necessária que pode ter influenciado o baixo percentual no Estado”, diz.

Pimenta destaca que o RS tem um longo e positivo histórico de experiência e resiliência durante os momentos de crise. “Também houve adesão significativa aos instrumentos de seguro rural, que ajudam a mitigar riscos”, avalia. Feita a comparação do Sul com as demais regiões brasileiras, no segundo trimestre de 2024, é possível constatar que os três estados do Sul marcavam o menor percentual de inadimplência.

A Região Sul do país também mostra o recorte por portes, em que os médios proprietários registram a menor representatividade na inadimplência, de 4%. Em sequência estavam os pequenos, com 4,1%, e os grandes, com 6,0%. Aqueles que não possuem registro de cadastro rural – arrendatários, pessoas participantes de grupos econômicos ou familiares – têm o maior percentual, de 6,9%.

Cenário Nacional

Também no segundo trimestre deste ano, a inadimplência alcançou apenas 7,4% da população rural que atua como pessoa física no Brasil. Em comparação com os primeiros três meses de 2024, houve uma leve alta de 0,3 pontos percentuais.

A estratificação por porte revela que grandes proprietários têm a maior representatividade e 9,8% deles foram impactados pela inadimplência. Aqueles que não possuem registro de cadastro rural – arrendatários, pessoas participantes de grupos econômicos ou familiares – vieram depois, com 9,3%. Os proprietários de médio porte marcaram 6,9% e os pequenos foram os menos afetados, com apenas 6,6%.

Experiência

Os dados levantados pela Serasa Experian também revelaram que, quanto maior a faixa etária do proprietário rural, menor é o índice de inadimplência registrado. Sobre o segundo trimestre de 2024, daqueles que têm entre 50 e 59 anos, 7,2% estavam com o nome no vermelho. A partir disso, quanto mais aumenta a idade mais o percentual diminui.

Metodologia

Para o Indicador de Inadimplência do Agronegócio da Serasa Experian foram consideradas apenas pessoas com dívidas vencidas com mais de 180 dias e até cinco anos somando pelo menos R$ 1 mil dentre aquelas que estão relacionadas ao financiamento e atividades agronegócio, como, por exemplo, instituições financeiras, agroindústria de transformação e comércio atacadista agro, serviços de apoio ao agro, produção e revendas de insumos e de máquinas agrícolas, produtores rurais, seguradoras não-vida, transportes e armazenamentos.

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