Nove documentários recriam a saga dos gaúchos que fizeram a Revolução de 1923
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira26 de Novembro de 2024

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Nove documentários recriam a saga dos gaúchos que fizeram a Revolução de 1923

Projeto do diretor Henrique de Freitas Lima é a base para a série de TV Os Caudilhos, que deve estrear no próximo ano

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Nove documentários recriam a saga dos gaúchos que fizeram a Revolução de 1923
Imagens da tropa liderada por Zeca Neto, em Pelotas, ajudam a contar a história do general no filme (Foto: Divulgação)

Os Caudilhos, novo projeto do diretor Henrique de Freitas Lima, autor de obras como Concerto Campestre e Lua de outubro. A proposta é uma série televisiva de seis episódios de 45 minutos, um docudrama, que além do material documental que está em produção, terá uma recriação histórica encenada, baseada em dois livros Mensagem a Poucos, de Antero Marques, e A Campanha de 1923, de José Antônio Flores da Cunha.

A série é precedida pela produção de nove documentários sobre a Revolução de 1923 e seus líderes. O diretor está fazendo as entregas dos seis primeiros filmes, feitos em parceria com os municípios palcos dos eventos, a partir de recursos da Lei Paulo Gustavo.

Freitas Lima explica que o projeto teve origem quando ele estava fazendo a série de TV Contos Gauchescos – Simões Lopes Neto, lançada em 2012. “Quando eu tive acesso às memórias de Zeca Neto, percebi que tinha muito mais material para outros filmes. Acontece que era inviável produzir, quem pagaria?”, relembra.

Desde a semana passada Freitas Lima está fazendo as entregas dos primeiros seis filmes, que são sobre Pedras Altas, Camaquã, Caçapava do Sul, São Gabriel, Rosário do Sul e Uruguaiana.

Na noite de sábado foi a vez de Pedras Altas conhecer a história sobre o envolvimento do município e do diplomata e agropecuarista Assis Brasil, proprietário do Castelo de Pedras Altas, onde foi assinado o tratado de paz. “Exibimos o filme de Pedras Altas, no Castelo, e foi uma comoção, que eu não tinha vivido ainda. Foi espetacular, em função do filme e, sobretudo, em função do Luis Carlos Segat, atual dono do Castelo, que conta uma história emocionante no filme”, relembra o diretor.

Ontem foi a estreia em São Gabriel. Hoje será apresentado o filme de Caçapava do Sul, amanhã em Uruguaiana e quinta em Rosário do Sul.

Quase duas décadas

Freitas Lima explica que o projeto teve origem quando ele estava fazendo a série de TV Contos Gauchescos – Simões Lopes Neto, lançada em 2012. “Quando eu tive acesso às memórias de Zeca Neto, percebi que tinha muito mais material para outros filmes. Acontece que era inviável produzir, quem pagaria?”, relembra.

Estão em pré-produção os documentários sobre Alegrete, Santana do Livramento e São Francisco de Assis, finalizando esta primeira parte de Os Caudilhos.

Lima conta que, entre a ideia e o primeiro resultado, a pesquisa e elaboração do projeto dedicado a Zeca Netto a convite da prefeitura de Camaquã, onde ele morreu, em 2007, até a concretização com as estreias este ano se passaram nada menos do que 17 anos. “Que serão 18 em 2025 quando finalizaremos a Série de TV  Os Caudilhos.” A intenção é que a série seja entregue à TV Brasil até outubro do próximo ano.

Pelotas e Zeca Neto

O diretor não conseguiu fazer um projeto específico para Pelotas, mas o município é citado no documentário sobre Zeca Neto. “Na sexta eu apresentei o filme Camaquã e a Revolução de 23, que tem uma parte sobre Pelotas muito forte, quando aborda a tomada da cidade por Zeca Neto”, conta o diretor.

Os documentários vão ficar com as prefeituras, que devem colocar à disposição pra as suas comunidades. A proposta é que os nove filmes circulem pelo Estado. O diretor diz que gostaria de fazer uma exibição em cinema, em Pelotas, mas ainda precisa acertar com a prefeitura um apoio para o evento.

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