ANP colocará mais 75 blocos da Bacia de Pelotas em leilão
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira22 de Novembro de 2024

Petróleo e gás

ANP colocará mais 75 blocos da Bacia de Pelotas em leilão

Previsão é que o edital com a oferta das áreas seja publicado pela Agência Nacional no início de 2025; áreas se somam as 44 que já foram arrematadas

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Atualizado sexta-feira,
22 de Novembro de 2024 às 10:01

ANP colocará mais 75 blocos da Bacia de Pelotas em leilão
as empresas que adquiriram as 44 porções da Bacia aguardam as licenças ambientais do Ibama para iniciar as prospecções. (Foto: EBC)

Mais 75 blocos da Bacia de Pelotas podem ser concedidos para a exploração de petróleo e gás. De acordo com o Diretor Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, o edital para a oferta das áreas está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e deverá ser publicado no início do ano que vem. Os blocos se juntarão aos 44 que já foram arrematados para prospecção de combustíveis.

“Temos muita coisa interessante para oferecer neste próximo leilão, com expectativa no primeiro semestre do ano que vem”, diz Saboia. De acordo com o diretor geral, o edital está em fase avançada e o modelo será de oferta permanente e em que qualquer empresa poderá manifestar interesse.

O anúncio da nova concessão acontece em um momento de grande atenção à Bacia de Pelotas, impulsionado pela descoberta de grandes reservas de petróleo na Namíbia, região geologicamente similar ao sul do Brasil. Em live com o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB), o diretor geral da ANP reafirmou o potencial que os achados no país africano indicam para a bacia. “Ainda é cedo, mas o prognóstico é muito bom, do ponto de vista geológico é muito bom”.

Com a previsão de declínio das reservas de petróleo do pré-sal a partir de 2030, novas fronteiras de exploração são uma necessidade emergente. Segundo Saboia, a margem Equatorial e a Bacia de Pelotas, são as áreas mais promissoras para suprir a demanda de produção de combustíveis do país. “Se espera que haja um potencial muito grande de petróleo”, diz sobre a Bacia.

Longo processo até o petróleo

No entanto, Saboia salienta que a potencialidade só será constatada de fato a partir do início da perfuração dos blocos. Atualmente, as empresas que adquiriram as 44 porções da Bacia aguardam as licenças ambientais do Ibama para iniciar as prospecções. Além disso, ele destaca que entre a primeira perfuração e o primeiro sinal de petróleo pode levar cerca de oito anos. “São processos longos”,

Caso o potencial fóssil se confirme, para os municípios abrangidos pela costa da Bacia de Pelotas, Saboia explica que entre os principais impactos econômicos, além dos royalties, está a mobilização da indústria local, a geração de emprego e renda para as populações que podem se beneficiar dessa atividade exploratória. “Aí começa a produção e os municípios beneficiados, identificados a partir da aplicação dos critérios da lei”.

A exploração e o potencial

A Bacia de Pelotas foi leiloada pela ANP em dezembro de 2023 e teve 44 blocos arrematados. Vinte e nove deles por dois consórcios – Petrobras/Shell/CNOOC e Petrobras/Shell – e 15 pela Chevron.

A região é mapeada desde o alto de Florianópolis até a divisa com o Uruguai. Os resultados exploratórios obtidos no mar da Namíbia, costa da África, com reservas estimadas em até 13 bilhões de barris, chamaram a atenção das grandes companhias para a região.

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