Congresso debate legado e futuro da negritude em Pelotas
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira26 de Dezembro de 2024

Lideranças negras

Congresso debate legado e futuro da negritude em Pelotas

Evento reforça a luta contra o racismo e consolida a cidade como referência estadual na valorização da cultura afro-brasileira

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Atualizado segunda-feira,
18 de Novembro de 2024 às 20:46

Congresso debate legado e futuro da negritude em Pelotas
Edição do ano passado reuniu lideranças e pessoas influentes da comunidade negra de Pelotas e ideia é maximizar o alcance em 2024. (Foto: Fernanda Tarnac)

Entre terça (19) e quarta-feira (20) acontece a segunda edição do Congresso Presença Negra em Pelotas. Organizado pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, o simpósio busca debater questões raciais, para valorizar o legado histórico da negritude e promover reflexões sobre o futuro. Realizado no auditório do Sicredi em Pelotas, o congresso conta com painéis, palestras e apresentações, com a abordagem de temas diversos relacionadas ao universo negro no Brasil.

O evento trabalha em cima do lema “Legado e Futuro” e tem como objetivo evidenciar a necessidade de olhar para o passado a fim de construir um futuro mais igualitário e plural. Através de atividades variadas, a ideia é continuar o processo de fomento aos debates com a comunidade em que se destaca a importância de iniciativas que reforcem a luta contra o preconceito racial.

Membro da comissão organizadora do congresso, Luis Carlos Mattozo explica que, no primeiro ano, o objetivo era criar um momento que transcendesse as manifestações casuais envolvendo a causa racial, elevando o debate a outro patamar. O propósito foi alcançado, segundo ele. Agora, há um outro processo no caráter de consolidação do evento.

“O congresso é uma realidade, está no calendário oficial de Pelotas, se tornando grande. Já temos 700 pessoas inscritas para participar do evento. Neste ano, ele também ocorre em uma data especial, que é o dia 20 de novembro. A ideia é que se transforme em um evento referência para o Estado do Rio Grande do Sul, que possa atrair mais interesse de debatedores, pesquisadores e intelectuais do centro do país”, diz o organizador.

A cidade mais negra do Rio Grande do Sul

Outro fato é a marca que uma atividade deste quilate traz para o município. “É a cidade mais negra do Rio Grande do Sul, que realiza pela segunda vez um seminário, que vai ter de 700 a 800 pessoas presentes, em um feriado nacional”, atesta.

Secretaria de Combate à Desigualdade Racial

Por fim, Mattozo levanta mais uma questão que engrandece o evento. O congresso vai acontecer diante de um debate importante sobre o anúncio dado pelo futuro prefeito, Fernando Marroni (PT), que definiu a criação da Secretaria Municipal de Combate à Desigualdade Racial. “Foi um tema que tratamos no congresso passado. Agora a gente vê com bastante expectativa que no próximo governo terá uma secretaria especial para tratar de políticas públicas nesta temática”, conclui.

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