O feriado da última sexta-feira (15) foi de portas abertas no Centro da cidade. O Dia da Proclamação da República surgiu como oportunidade para muitas pessoas que não têm tempo durante a semana fazerem as compras casuais ou providenciarem os enfeites natalinos.
Mesmo assim, algumas lojas optaram por não abrir, desapontando os lojistas que esperavam mais movimento.
Em relação à aderência do comércio ao “feriado útil”, a expectativa foi frustrada pela não abertura de quase metade das lojas do Calçadão. Se esperava, por parte do Sindilojas, que pelo menos 70% das grandes lojas de departamento estivessem operando na sexta, com uma circulação do público semelhante aos dias de semana.
“Uma boa parcela dos lojistas não abriu suas lojas”, afirma Renzo Antonioli, presidente da entidade.
Mesmo assim, segundo Antonioli, diante do cenário, o fluxo de pessoas registrado no Calçadão foi positivo. “Foi muito bom, muitos consumidores estiveram no Centro da cidade.
Isso [parte do comércio fechado] não influenciou na presença de consumidores, mas frustrou as expectativas de alguns quanto às compras. Se mais estabelecimentos estivessem abertos, mais consumo teríamos no feriado”, avalia.
A funcionária de uma loja de variedades, Fernanda Schio Numa, 35 anos, compartilha do sentimento citado pelo representante dos lojistas. “Está sendo menos movimento.
Começamos a trabalhar a partir das 13h. Desde a hora que abriu o pessoal está entrando, comprando, mas esperávamos mais”, diz Fernanda.
O prejuízo sem comércio
Nesse sentido, Antonioli defende que o fechamento íntegro do comércio no feriado traria maiores danos financeiros, “mesmo em menor número de lojistas”. Quem concorda com a afirmação é a gerente de outro ponto que abriu as portas no dia 15.
“Está tendo bastante movimento. Em todos os feriados nós abrimos. Vale a pena. Está saindo muita coisa de Natal”, admite Tamires Esteves, 28 anos. A projeção do Sindilojas supõe que o panorama seja melhor no feriado do Dia da Consciência Negra, na próxima quarta.
Feriado para o trabalhador
A professora Bruna Cunha, 32 anos, foi ao Centro no feriado para comprar alguns itens básicos, pois trabalha ao longo da semana, mas pondera sobre a situação dos funcionários das lojas.
“Seria necessário o feriado para as pessoas que trabalham no comércio. Estamos vendo essa função da escala 6×1 e eu acho importante debater mais sobre isso. A gente tem que pensar dos dois lados”, aponta Bruna.