Reajuste na mensalidade das escolas particulares pode chegar a 8,4%

Educação

Reajuste na mensalidade das escolas particulares pode chegar a 8,4%

Em Pelotas, parte das instituições projetam aumento entre 6% e 8%

Por

Atualizado segunda-feira,
18 de Novembro de 2024 às 15:51

Reajuste na mensalidade das escolas particulares pode chegar a 8,4%
Gastos com pessoal e investimento tecnológicos estão entre as maiores despesas do ensino privado (Foto: Jô Folha)

Com a proximidade do fim do ano letivo, os pais devem se preparar para receber o aviso de aumento nas mensalidades das escolas particulares para 2025. Conforme pesquisa do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), o reajuste deve chegar a 8,4% no Estado, o dobro do índice de inflação dos últimos 12 meses. Com 13 escolas associadas ao Sinepe, em Pelotas parte das instituições estimam que o percentual pode variar um pouco menos, entre 6% e 8%.

De acordo com o sindicato, para além do percentual de inflação, a oscilação para o ano que vem acompanha a projeção no aumento dos custos das instituições. Entre as despesas que mais impactam no orçamento das escolas estão os gastos com pessoal, infraestrutura física e tecnológica, assim como contratação de monitores para atendimento da educação inclusiva, investimento em tecnologia e contas básicas, como água e luz.

“Percebemos que, além das contas fixas, há um alto investimento para a adaptação das escolas às novas tecnologias e formatos de ensino. Tudo isso precisa estar presente no orçamento”, diz o presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz. Ele lembra que 8,4% é um reajuste médio e que haverá escolas que aumentarão acima desse percentual e outras abaixo.

“Varia muito de acordo com a realidade de cada instituição de ensino. Se a escola fez investimentos como aquisição de laboratório, ampliação do prédio, pode ter um reajuste maior neste ano”, explica.

Reajustes a partir de 6%

Diretor de uma das maiores escolas particulares de Pelotas, Carlos Santo relata que no Colégio Gonzaga o reajuste da mensalidade ocorre somente em março. Além disso, os pais dos alunos do colégio poderão ficar um pouco mais aliviados, pois o aumento deve ser menor que a média indicada pelo Sinepe, ficando entre 6% e 7%.

“Nós vamos ficar abaixo porque não tem sentido 8%, o INPC dos últimos 12 meses está na faixa de 4,5%”, explica.

Entre as despesas que teriam impactado na planilha de custos, Santo elenca elevação da energia elétrica e a realização de reformas. “Mas não chega a ser tão elevado a ponto de dobrar o valor da inflação”.

Já o maior custo de investimento é despendido em inovação do ensino. “Porque a cada ano tem que reformar a parte de informática para as salas de aula”.
Com mais de 1,6 mil alunos atualmente, a expectativa é de aumento de no mínimo cem matrículas.

Em outra tradicional escola de ensino fundamental e médio, a Érico Veríssimo, a auxiliar administrativa informa que o percentual ainda não foi definido, mas que deve variar entre 6% e 8%. De acordo com Dora Votto, para os alunos que forem matriculados até o final de dezembro, o reajuste só será cobrado a partir de março.

“Tem manutenção, inovações, tudo entra. Temos monitores em todas as turmas, aumentou a folha de pagamento”.

Aumento de mensalidade anual

Pai de uma menina que está há três anos na educação infantil de uma das escolas particulares do Centro, Bruno Barreiros conta que ainda não foi notificado sobre o percentual do reajuste ou sobre quando a mensalidade irá aumentar.

Mesmo assim, ele já está acostumado a receber o aviso no final do ano. “Então a gente só aguarda para ver, também tem uniformes, material escolar, mas faz parte, colocou no mundo tem que arcar”, brinca.

Acompanhe
nossas
redes sociais