A Delegacia de Delitos de Trânsito do Paraná indiciou o motorista da carreta com container, Nicollas Otilio Lima, 30, por nove homicídios culposos na direção de veículo automotor e uma lesão corporal, previsto no Código Brasileiro de Trânsito, cuja pena máxima pode chegar a seis anos de reclusão, e o proprietário do caminhão, por homicídio culposo e lesão corporal, mas pelo código penal, com pena até quatro anos de prisão.
O inquérito policial apurou que a morte de membros da equipe do Remar para o Futuro, de Pelotas, no dia 20 de outubro, foi causada por dois fatores: falta de habilidade técnica do motorista para conduzir esse tipo de veículo e negligência, pela falta de manutenção de equipamentos. “O laudo da perícia apontou que os freios do semi-reboque estavam em condições precárias. Então o proprietário foi negligente. Esses dois fatores contribuíram significativamente para o sinistro”, diz o delegado Edgar Santana.
Em relação ao motorista, além da pena, ele terá a carteira suspensa. “O condutor não tinha conhecimento, não tinha habilidade técnica para condução. Foi imperícia.” O delegado não encontrou elementos para pedir a prisão de ambos e o caso agora vai para o Ministério Público do Paraná.
Relembre o caso
Na noite de domingo, dia 20 de outubro, a carreta com container conduzida por Nicollas Pinto colidiu na traseira da van e de um gol, na BR-376, quilômetro 665, em Guaratuba, litoral do Paraná. Da equipe do Remar para o Futuro, de Pelotas, somente o jovem João Milgarejo, 17, sobreviveu. Samuel Benites Lopes, 15, Henry Fontoura Guimarães, 17, João Pedro Kerchiner, 17, Helen Belony, 20, Nicole da Cruz, 15, Angel Souto Vidal, 16, Vitor Fernandes Camargo, 17, o coordenador Oguener Tissot, 43, e o motorista Ricardo Leal da Cunha, 52, morreram. Todos retornavam de São Paulo onde conquistaram várias medalhas para o remo pelotense.