“O remo e o projeto transformaram a minha vida”
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira22 de Outubro de 2024

Abre aspas

“O remo e o projeto transformaram a minha vida”

Davi Perleberg Rubira, 20 anos, fala sobre o sentimento da perda dos amigos e colegas de equipe no trágico acidente da noite do último domingo

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“O remo e o projeto transformaram a minha vida”
David Rubira faz parte da comissão técnica do projeto. (Foto: Arquivo pessoal)

Ex-integrante do Remar para o Futuro e atual membro da comissão técnica do projeto, Davi Perleberg Rubira, 20 anos, fala sobre o sentimento da perda dos amigos e colegas de equipe no trágico acidente da noite do último domingo, no Paraná, que vitimou nove pessoas ao todo. Segundo o jovem, grande parte daquilo que conquistou se deve ao esporte e à iniciativa, que foi encabeçada pelo treinador Oguener Tissot, que perdeu a vida no acidente.

Qual foi o impacto do remo em sua vida?

O remo e o projeto transformaram a minha vida, direcionaram a minha carreira para onde eu queria estudar. Foi algo que despertou uma vontade imensa de ser profissional. Mudou a minha vida, da minha família. Muitos atletas que estavam ali, a maior parte da renda da família era o que ganhavam do Bolsa Atleta, juntamente com as medalhas que conquistavam. O nosso treinador que encabeçou isso, o Oguener Tissot. Fará falta para a cidade.

Qual a sensação nesse momento?

Muito triste todo esse ocorrido, não tem palavras que descrevam nosso sentimento. Como atleta e parte da comissão, a sensação é de desamparo, desespero, a gente só não consegue entender. É inacreditável o que aconteceu para todo mundo. A gente não consegue mensurar a proporção de tudo isso ainda, muito fresco na cabeça de todo mundo.

Quais os momentos marcantes que estão eternizados na sua memória?

Participei de várias competições com meu treinador, ele me fez gostar desse esporte. E vários dos que foram para São Paulo eram meus amigos de treino. Mais do que um vínculo de amigo, a gente era uma família, de estar sempre juntos, todos os dias juntos, nos momentos bons e momentos ruins. Isso é o que mais dói na gente, é como perder um familiar mesmo. E o nosso espírito de equipe sempre forte. Como a gente falava, sorria junto na vitória e estava junto na derrota também.

Como a equipe vinha se sentindo ao representar a cidade em competições?

Sempre muito honrados por representar o Estado, o país, muitas vezes em competições internacionais, que o projeto tinha destaque também. A gente desfrutou de vários momentos, vários títulos. Há quatro anos já estávamos participando de mundiais. Como desempenho, a equipe sempre foi exemplar. Agora são sonhos que se destruíram. Com muita tristeza, Pelotas amanheceu com essa notícia.

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