Municípios da Zona Sul recebem verbas federais para transporte escolar rural
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Segunda-Feira25 de Novembro de 2024

Educação

Municípios da Zona Sul recebem verbas federais para transporte escolar rural

Segundo prefeituras, no entanto, grande parte do valor do serviço ainda sai do orçamento municipal

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Municípios da Zona Sul recebem verbas federais para transporte escolar rural
Recursos beneficiam o transporte escolar em Canguçu e Piratini (Foto: Divulgação)

O Governo Federal transferiu para o Rio Grande do Sul, em 2024, R$ 34,2 milhões por meio do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). O valor beneficia 186,33 mil estudantes gaúchos residentes em áreas rurais.

Para os municípios da Zona Sul com grande extensão rural, a verba ajuda nos gastos mensais, uma vez que é suplementar, mas não resolve o problema do elevado custo com o serviço.

Duas cidades que precisam disponibilizar grandes recursos para o transporte escolar são Piratini e Canguçu. O secretário de Educação da primeira capital Farroupilha e coordenador do colegiado de educação da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), Luís Fernando Torrescasana Neto, diz que a verba repassada pelo Pnate representa apenas dois meses do que se é gasto por ano com o transporte dos mais de 800 alunos da zona rural.

O cálculo do total é baseado no número de alunos residentes em áreas rurais que necessitam do transporte escolar em cada localidade, conforme o censo escolar do ano anterior, multiplicado pelo valor per capita definido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os dados estão disponíveis no site do FNDE.

Em Piratini, atualmente o custo mensal do serviço é de R$ 140 mil, segundo o secretário Neto. Pela tabela Pnate, são 885 alunos matriculados na área rural do município, e um valor per capita de 177,92 sendo que o total ficou em R$ 157.457,34. Em Canguçu, são quase quatro mil alunos entre as redes estadual e municipal de educação na colônia, sendo que o repasse do ano ficou em R$ 534.467,08.

“É um repasse irrisório, que não chega a 4% do que a gente gasta com o transporte dos alunos no interior”, disse o vice-prefeito e secretário de Educação, Esportes e Cultura, Cledemir de Oliveira Gonçalves.

São mais de R$ 9 milhões por ano com serviço terceirizado, afirma o vice-prefeito, além da manutenção de 19 carros do município, folha dos motoristas, combustível e peças, que representam uma despesa de aproximadamente R$ 15 milhões.

Pelotas, que vem enfrentando as más condições das estradas rurais e queda de pontes por causa do volume de chuva, recebeu o total de R$ 472.066,88 pelo Pnate, o que representa em torno de 10% do total que é gasto em transporte escolar, meio que é responsável pelo acesso de 2.203 crianças e adolescentes à educação.

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