O pedágio precisa de uma definição
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Segunda-Feira25 de Novembro de 2024

Zona Sul

O pedágio precisa de uma definição

O pedágio precisa de uma definição
Novo leilão deve acontecer em 2025 (Foto: Ecosul)

Nos últimos dias, um dos temas mais importantes para a Zona Sul do Estado voltou à pauta: a concessão do Polo Rodoviário de Pelotas. Ao deputado Daniel Trzeciak (PSDB), o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, confirmou que a agência encaminha para 2025 o novo leilão de concessão do Polo Rodoviário Pelotas, que abrange 457 quilômetros das BRs 116 e 392.

O tema não pode, de maneira nenhuma, esfriar. É consenso que o preço praticado atualmente passa longe do limite do aceitável. Ao que tudo indica, o problema tem data para acabar. No entanto, a região precisa estar atenta para que a concessão seja feita com o maior dos zelos. Um contrato mal amarrado há 26 anos segue trazendo transtorno para uma área com dezenas de municípios e mais de um milhão de habitantes.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu 90 dias para a ANTT apresentar um cronograma de licitação. Isso, então, deve acontecer por janeiro. Ao deputado, a autarquia promete concluir o processo em novembro. Na mais básica das matemáticas, serão dez meses para ouvir a comunidade, elaborar os estudos técnicos, econômicos e ambientais e montar a licitação. É um tempo apertado, levando em consideração que esse tipo de leilão costuma se arrastar por um tempo. Na equação entra ainda que o contrato com a Ecosul acaba em março de 2026.

O período é apertado e a pressa não pode ser inimiga da qualidade. Não é possível trabalhar com um cenário em que a região fique sem pedágio por um tempo, basta ver a péssima qualidade de trechos não concedidos entre Porto Alegre e Camaquã, ou nos trechos que levam a Bagé e Encruzilhada, por exemplo.

Por isso, é necessário um olhar com atenção redobrada de todos os entes da região, públicos e privados, para que o prazo seja respeitado, a novela não se alongue e, principalmente, que a concessão seja elaborada de um jeito que não cause problemas por mais trinta anos depois disso. É preciso encontrar o equilíbrio entre preço e qualidade. Os próximos meses devem ser de união e atenção dentro dessa pauta, mais do que nunca.

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