A possibilidade da criação de uma estrada de ferro entre São Jerônimo e Camaquã foi motivo de reflexão na imprensa local. “A campanha poderosa que explora as minas de carvão de São Jerônimo…constitui uma séria ameaça para a economia de Pelotas”, alertava o editorial de outubro de 1924.
O editorialista via como perigosa a concorrência entre os transportes ferroviário e lacustre. O temor era que o porto de Pelotas fosse prejudicado. “O que ela pretende é atravessando, como eixo os municípios riquíssimos de Encruzilhada e Camaquã, fazendo pequenas estradas de rodagem ligadoras dos municípios de Canguçu e de São Lourenço, desviar e aproveitar a exportação de toda essa imensa zona riquíssima.”
O editorial se referia a Companhia Estrada de Ferro e Minas de São Jerônimo (1889-1936), que se originou da exploração sistemática do carvão mineral na região do baixo Jacuí. A mineração teve efervescência no final do século 19, mas passou por muita instabilidade, diante da concorrência estrangeira.
A indústria carbonífera do Rio Grande do Sul esteve conectada ao contexto nacional, abastecendo a indústria em cidades como Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e também outras cidades do país. O cenário foi positivo durante as Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, quando a entrada de carvão estrangeiro- da Inglaterra ou Alemanha, por exemplo- foi interrompida devido às dificuldades do conflito.
Fonte: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 50 anos
Embratur qualifica empregados do setor da hotelaria
Promovido pela Embratur, Pelotas recebeu o curso de Preparação de Mão-de-obra para hotelaria. A terceira e última etapa da formação ocorreu entre os dias 15 e 18 de outubro de 1974, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Turismo.
A monitora especializada em hotelaria, Rosa Maria Araújo, do Centro Nacional de Treinamento, foi a convidada especial para os últimos encontros. As aulas ocorreram no Turis Parque Hotel e na sede do Serviço Municipal de Turismo. Todos os participantes eram funcionário da rede hoteleira de Pelotas.
Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
O relógio está de volta ao obelisco
O obelisco da praça Montevidéu em Rio Grande voltou a ostentar o relógio, oriundo de homenagem da comunidade libanesa ao município, na região conhecida como “caminho fabril”.
Do final do século 19 até meados do século 20, o local era muito frequentado pelos trabalhadores que se dirigiam às antigas indústrias têxteis Rheingantz, Fábrica de Tecelagem Ítalo-Brasileira e fábrica de charutos Poock.
De acordo com o secretário Vinicius Moraes da Silva, da Zeladoria do município, foram feitos quatro mostradores novos, quatro ponteiros novos, reformada a mecânica dos quatro mecanismos, além de ser feita a automação.
“Este relógio foi restaurado com ajuda de empresários e pessoas físicas. A última manutenção tinha sido feita em 2002. Lembrando que os quatro relógios foram totalmente destruídos com o ciclone do ano passado”, fala Silva. Participaram da ação as empresas Motortec, Reparmar, Construtora Pelotense e Koller Solutios, além de Marlon Soares, Enio Fernandez e Cláudio Diaz.