A 98ª Expofeira que acontece ao longo desta semana traz uma temática fundamental de aproximação entre campo e cidade. Mais do que nunca, o olhar para o agro é chave para lidar com dilemas e dificuldades da nossa sociedade. Em tempos de crise climática, o meio rural padece com perdas que destroem trabalhos de um ano inteiro. Ainda assim, nunca esmorece. O produtor tem na resiliência e espírito batalhador a sua grande característica.
O parque da Associação Rural de Pelotas, por si só, já é uma quebra fascinante, de ter tamanho espaço ligado ao campo no meio de uma das avenidas mais pulsantes de Pelotas. Ao atrair milhares de pessoas e proporcionar o contato com animais, atividades técnicas e pensamento científico, a Expofeira proporciona essa conexão ímpar com a raiz do agronegócio. Mostrar para o público em geral o que o agronegócio faz, as lidas da pecuária e os detalhes da ciência por trás disso tudo não apenas humaniza a função.
Em meio a tudo isso, é importante lembrar que o agro foi um setor pouco lembrado durante as enchentes, mas que a quebra em algumas produções, como a soja, bem como as dificuldades já para o próximo plantio, gera e ainda vai gerar impactos na mesa dos brasileiros. A reportagem da contracapa da edição impressa de quarta-feira (9) mostra que a safra do morango, por exemplo, chegou e os preços seguem elevados. Em breve, as chuvas do fim do último mês também vão afetar os preços dos hortifrutigranjeiros, como de costume. Tudo isso expõe a necessidade de apoio, subsídio e ações de manutenção das atividades.
O agronegócio é um dos principais braços da nossa economia e o olhar para ele é essencial para Pelotas. Em tempos de eleição municipal, é importante que Fernando Marroni e Marciano Perondi olhem para a infraestrutura das colônias, o acesso à tecnologia, água potável e qualificação de estradas, para reforçar esse setor tão fundamental para Pelotas. A prova de tamanha relevância está exposta diariamente na Associação Rural até o próximo domingo.