Produtores de aspargos querem garantia de preço mínimo
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira14 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Produtores de aspargos querem garantia de preço mínimo

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Há 50 anos

Atualmente só uma agroindústria mantém a tradição em Pelotas (Reprodução Frame TerraSulTV)

Os produtores de aspargos se encontravam em uma situação difícil no início da safra, em outubro de 1974. O problema era a entrega do produto à indústria antes do estabelecimento do preço mínimo para o quilo, que no ano anterior oscilava entre Cr$4,00 e Cr$6,00 (cruzeiros).

Havia rumores de que uma das empresas locais de enlatado faria uma média do que foi pago em 1973 e compraria em 1974 com um acréscimo de 20%, porém eram só boatos. E as indústrias mais antigas do setor não tinham se pronunciado, esclareceu o vereador Érico Pegoraro, da Arena.

O fato era que os produtores estavam aflitos por terem de entregar a sua produção à indústria sem garantia de preço mínimo.

A produção do aspargo em Pelotas foi economicamente expressiva, especialmente na década de 1960 e 1970. Trazido para o Brasil na década de 1930, chegou a Pelotas através da família Rheingantz, adaptando-se ao clima mais frio do Sul do País.

Outra realidade

Atualmente somente a produtora Rosani Voight mantém a tradição deste cultivo no município. “Em 1990, quando abriram para a globalização as indústrias daqui de Pelotas, que processavam o aspargo, começaram a importar e veio muito aspargo. Aí o nosso preço aqui não ficou competitivo, tinha qualidade, mas com o preço não dava pra competir”, relembra o engenheiro agrônomo Francisco Antônio Arduin de Arruda, Engenheiro Agrônomo Francisco Antônio Arduin de Arruda, chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar.

Na época foram criados financiamentos especiais para os produtores locais, numa tentativa de resgatar a cultura, mas infelizmente não foi possível manter a produção local. Hoje, somente a agroindústria Frutos da Terra, de Rosani, na Colônia Osório, produz e beneficia o aspargo.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Cordões carnavalescos adiantam os preparativos para o Carnaval 1925

O Cordão Carnavalesco Atrazados, que desfilou pela primeira vez no Carnaval de 1924, elegeu em outubro a sua nova diretoria, tendo como presidente, Djalma Castilho, e vice-presidente, Martin Zabaleta, que lideraram os preparativos para a folia de 1925, provando que a diretoria queria se adiantar para a grande festa de rua. 

A antecipação era para evitar a correria que tinha acontecido no Carnaval daquele ano. “Convém também trabalharem os sócios dos Atrazados”, advertia o jornal A Opinião Pública para que não aconteça no primeiro ano de desfile, em que o atropelamento da organização, justificou o nome de Atrazado. Apesar do desfile ter sido realizado de última hora, o Cordão conquistou o terceiro lugar.

Outra posse

Na sede da Sociedade Princesa do Sul ocorreu a posse da nova diretoria  do Cordão Carnavalesco Miacellanea. A cerimônia foi encerrada com um grande baile.

Outros cordões

Além destes, outros cordões começaram a se estrutura no final da década de 10 do século 20. De acordo com o Dicionário de História de Pelotas, “eram entidades formadas por outros estratos sociais, em especial os de origem afro, como Depois da Chuva, Chove Não Molha, Fica Ahí Pra Ir Dizendo, as quais se tornaram protagonistas da folia nos anos 1920, ao lado dos chamados blocos”. 

Fonte: A Opinão Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense;  Dicionário de História de Pelotas, de Lorena Gill, Beatriz Ana Loner e Mario Osorio Magalhães

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