Com o Salgado Filho, em Porto Alegre, em vias de voltar, a Zona Sul precisa pensar em estratégias para manter o fluxo de aeronaves constante por aqui. Os impactos econômicos são gritantes – basta ver a dificuldade para alugar carros e conseguir hospedagem em hotéis, por exemplo. Fora isso, há toda a questão de relevância logística para o Estado. Pelotas é um ponto-chave na conexão com o Mercosul. Fica relativamente próxima a Montevidéu e Buenos Aires, do Porto de Rio Grande e de Porto Alegre.
Mesmo em obras, os dados de atuação enquanto suporte para a ausência do Salgado Filho servem como norteadores para provar que o terminal pelotense vem prestando um serviço sólido e de qualidade. O aumento constante na oferta de serviço por parte das companhias aéreas também serve de testemunho para a confiabilidade da atuação das equipes daqui.
Como nada anda sozinho, o sucesso da logística da malha aérea pelotense depende necessariamente da conclusão da duplicação da BR-116 e do barateamento dos pedágios. A cidade recebe diversas rodovias em seu polo e elas podem servir de escoamento para o público que chega de avião. Mas, para isso, precisam estar bem estruturadas e acessíveis. O formato atual é nada convidativo para circular por aqui.
O alinhamento destes fatores coloca a região em uma posição confortável e estratégica para fins logísticos, turísticos e econômicos. Aproxima as empresas daqui do restante do país e diminui sensivelmente a espera para ir às capitais do país. Facilita, também, a vinda de turistas para a região e sua manutenção por aqui.
Boa parte da pauta desenvolvimentista da Zona Sul passa pelo Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto. O futuro envolve estrategicamente sua movimentação. Se ele manter-se com o fluxo atual, é um bom passo para a evolução econômica da nossa região.