O estímulo ao comércio local é uma das chaves a serem exploradas em Pelotas. É natural que, com o crescimento dos mercados online, muita gente acabe se adaptando. No entanto, a cidade precisa de estratégias para fomentar esse, que é um dos carros-chefes de nossa economia. A campanha da Câmara dos Lojistas (CDL) não é de hoje, mas faz jus a essa necessidade, que passa por diversos pontos.
Para manter o público comprando nas lojas de Pelotas, e em especial no Centro, é preciso criar mecanismos. O principal deles, hoje, é a infraestrutura. Há muito tempo existe uma sensação de derrocada do Centro, algo que pode ser revertido com ações pontuais de revitalização e estímulo. Rio Grande, aqui ao lado, já caminha nesse sentido. Outras tantas cidades Brasil afora também já identificaram essa importância de ter em seus calçadões espaços acolhedores à comunidade.
Mudanças em mobilidade urbana, oferta de espaços, acessibilidade e estímulo à abertura de novas empresas, bem como manutenção das que estão lá, são essenciais. Pelotas vai ter uma nova gestão em breve e é mais do que necessário que o próximo prefeito e sua equipe cheguem ao Paço Municipal – que fica no coração do Centro – com ideias de projetos que estimulem e incentivem a abertura de negócios nesta região. É um formato que gera emprego e renda, movimenta a cidade e dá nova energia.
A criação de incentivos fiscais em paralelo à revitalização é a chave para que o Centro passe a viver um novo momento. Que a reforma do Calçadão, entregue em 2019, foi um fiasco, todos sabem. A estrutura já está novamente precária. Por isso, é preciso um projeto pensado em conjunto com as entidades e elaborado lado a lado do empreendedor para criar espaços atraentes ao público, repensando boa parte do formato que se aplica hoje.
É, definitivamente, necessário um olhar especial à revitalização dessa região. Se o próximo prefeito não chegar abraçando essa pauta, já terá falhado de certa forma. Boa parte do caminho para o progresso pelotense na geração de emprego, renda, atração de investidores e turistas e autopercepção da população passa por ter uma cidade bonita, confortável e funcional.