Começou a valer a nova lei que autoriza vans escolares e táxis a transitar pelos corredores exclusivos de ônibus em Pelotas. A legislação tem o objetivo de melhorar o processo de mobilidade urbana e garantir maior fluidez no trânsito em horários de pico, além da segurança dos passageiros, especialmente crianças e estudantes. Ao todo, a liberação dos corredores entra em vigor para 335 táxis e 75 vans escolares, com a diferença de que apenas nestes não é permitido fazer embarque e desembarque.
O secretário de Transportes e Trânsito, Flávio Al-Alam, observa que em todos os corredores já era permitido para os 240 mil veículos que compõem a frota do município a circulação para converter à direita nas vias, e isso não trouxe impacto. Agora, na avaliação dele, a mudança não deve causar grandes mudanças, embora haja necessidade de analisar como o sistema irá se comportar com o decorrer do uso.
Opiniões divergentes
A alteração foi uma novidade vantajosa para Gilnei Gadeia, 57, motorista de van escolar há 19 anos. Gadeia transporta cerca de 20 alunos todos os dias, desde a Vila Princesa até diversas escolas da zona central da cidade. Segundo ele, dependendo de outras condições do trânsito, o trajeto pode ganhar a diminuição de até dez minutos e o fluxo ocorre de maneira mais natural.
Taxista há 23 anos em Pelotas e atuante por uma década em Porto Alegre, Julio Cesar Ferreira, 63, tem experiência de sobra na função. Ele reitera que a ação tem como finalidade principal desafogar os congestionamentos que surgem nas vias da cidade em horários de movimento mais intenso. No entanto, na opinião do condutor, o impedimento do embarque e desembarque pode provocar dificuldades. “Os ônibus vão parar, e se tu entrar no corredor, não tem como sair. Tem que esperar os ônibus andarem. A não ser que dê brecha em algum cruzamento”, aponta o taxista.
Em Porto Alegre uma medida semelhante está em vigor há mais tempo, relembra Ferreira. Na capital gaúcha, há determinados horários em que os táxis podem utilizar a via destinada aos veículos de transporte coletivo. Ele cobra fiscalização para evitar que veículos não autorizados, como motoristas de aplicativo ou carros particulares façam uso da faixa da via.
Fiscalização
Para assegurar que apenas os veículos autorizados utilizem os corredores exclusivos, e que não haja estacionamento ou circulação irregular de veículos, Al-Alam assegura que será feita a fiscalização, por meio dos agentes que terão acesso ao cadastro da secretaria. Caso estejam circulando táxis e vans escolares não cadastrados e, portanto, não autorizados, serão autuados.