Há um século, no dia 2 de setembro, terminava o mandato do, então, intendente, Pedro Luiz Osorio, do Partido Republicano Riograndense. Sua administração entre 1920 e 1924 foi considerada bem-sucedida e trouxe desenvolvimento ao meio urbano e mais acesso à zona rural. Entre as ações estavam: a construção de escolas, como a Carlos Laquintinie (Escola Municipal de Ensino Fundamental), o recenseamento escolar com o objetivo de combater o analfabetismo, a regulamentação das assistências médica e odontológica nas escolas.
Na administração de Osorio que também foram construídas pontes como a do Quilombo, no 7º Distrito, entre outras, além de 50 pontilhões e 120 bueiros nas estradas do município. O intendente ainda construiu e ampliou ramais hidráulicos. Na praça da República, atual coronel Pedro Osório, foram construídos um coreto de cimento armado (que não existe mais), bem como os passeios laterais em cimento, ainda nesse período foram plantadas as árvores nas laterais do local.
Confusão nas biografias
Apesar da boa repercussão como intendente, a biografia do médico pelotense Pedro Luiz (29 junho 1883 – 2 outubro 1948) costuma ser confundida com a de seu primo, o coronel Pedro Luís da Rocha Osório, gaúcho de Caçapava do Sul, que se tornou na Zona Sul do estado conhecido como o “Rei do Arroz”. A figura do tropeiro, militar e agropecuarista foi imortalizada em um monumento, criado pelo escultor Antonio Caringi, na praça que leva seu nome.
De acordo com a pesquisadora Vera Abuchaim, que escreveu o livro O tropeiro que se fez rei, o ex-intendente, nasceu e morreu em Pelotas, Pedro Luiz era o terceiro filho de Ernestina do Carmo Assumpção e Fernando Luiz Osorio. Casou-se com com sua prima irmã, a também pelotense, Noemia Augusto de Assumpção (1887-1963, em Porto Alegre), filha do senador Joaquim Augusto de Assumpção e Maria Francisca Jacintha de Mendonça “Mariquinhas”.
Pedro e Noemia tiveram os seguintes cinco filhos: Paulo de Assumpção Osorio; Fernando de Assumpção Osorio; Maria de Assumpção Osorio; Luiz de Assumpção Osorio e Marina de Assumpção Osorio. Pedro Luís foi sucedido por Augusto Simões Lopes (1924-1928) .
Fontes: Jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
