MP cobra ações contra ocupações irregulares no Capão do Leão

Polêmica

MP cobra ações contra ocupações irregulares no Capão do Leão

Por meio de ação civil pública, promotoria solicita que prefeitura cumpra legislação aprovada em 2018

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Atualizado segunda-feira,
02 de Setembro de 2024 às 14:36

MP cobra ações contra ocupações irregulares no Capão do Leão
Inquérito sobre ocupações irregulares em Capão do Leão tramita desde 2013 (Foto: Jô Folha)

O Ministério Público ingressou com uma ação civil pública para a regularização de empreendimentos no Capão do Leão que ocupam ilegalmente áreas públicas. Segundo o documento, são trailers, borracharia e pontos de táxi que estão irregulares no município.

Desde 2013 tramita um inquérito civil público na promotoria de Pelotas sobre o tema. Em 2018, a Câmara de Vereadores de Capão do Leão aprovou uma lei para que fosse estabelecido o plano de ocupação.

A prefeitura, no entanto, não deu sinais ao MP de que regularizaria os empreendimentos. Assim, de acordo com o promotor Adriano Zibetti, fez-se necessária a ação civil pública, de caráter emergencial, para buscar a regularização.

“Há muito tempo o município tem áreas públicas ocupadas e nunca houve organização para possibilitar o acesso aos espaços públicos”, argumenta o promotor.

Zibetti afirma que as respostas do município às provocações do MP, no intuito de regularizar os empreendimentos, “foram evasivas”. “O plano de ocupação foi a alternativa que o legislativo entendeu necessária para ordenar e o município nunca fez nada, não encaminhou nada a respeito.”

De acordo com a legislação aprovada, caberia ao poder executivo determinar o plano de ocupação, com a possibilidade de concorrência pública licitatória para aqueles espaços. A lei, também, visa dar maior segurança e melhor acesso aos locais.

Ação judicial

O ingresso da ação civil pública deu-se, segundo Zibetti, pela falta de respostas assertivas do município. Com a lei de ocupação em vigor, em 2022 a prefeitura afirmou que estaria com um projeto em fase de conclusão, mas desde então não avançou no tema.

O documento solicita que, após decisão judicial, o município cumpra as seguintes etapas

  • Faça o plano de ocupação
  • Cesse qualquer atividade irregular, até que se cumpra a lei de 2018
  • Fazer licitação ou plano de ocupação, regrar a ocupação do espaço de forma lega
  • Aplique multas para cada estabelecimento que descumpra a liminar
  • Se não houver regramento, que as áreas sejam demolidas

“O município pode definir que seja pertinente a ocupação regular daquele espaço”, conclui o promotor, que afirma não ter qualquer indício de favorecimento a terceiros na conduta do poder municipal. A reportagem procurou a prefeitura de Capão do Leão, mas não obteve retorno.

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