Guarda-roupa solidário precisa de doações
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Setembro de 2024

Retorno do frio

Guarda-roupa solidário precisa de doações

Para humanizar a distribuição de roupas doadas pela prefeitura, pessoas do CadÚnico ou em vulnerabilidade social têm acesso a um brechó

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Guarda-roupa solidário precisa de doações
Espaço na rua Marechal Deodoro, 404, é aberto à comunidade. (Foto: Jô Folha)

Criado durante a campanha Aquecepel, no ano passado, o brechó da prefeitura de Pelotas, agora denominado guarda-roupa solidário, precisa estar cheio para atender a demanda das pessoas cadastradas no CadÚnico e em situação de vulnerabilidade social, atingidas diretamente com o retorno do frio à região.

Como este ano não houve campanha do agasalho em função do grande número de doações na enchente, o roupeiro que fica na Secretaria de Assistência Social (SAS) está desfalcado pela grande procura. Peças de lã e masculinas são as mais requisitadas, assim como lençóis e toalhas. Para a equipe de assistentes sociais, toda doação é bem-vinda.

A pensionista Carmen Lucia da Silva Feijó Lacerda, 61, sentiu mais respeito e carinho com a forma de doação de roupas. “Ficou melhor escolher a peça de roupa, pois pego somente a que for servir em mim”. Ela estava em busca de um blusão de lã e um casaco. “Eu amei, porque agora é só roupa boa”, diz Maria Celoi Nogueira Val, 46. Ela foi buscar uma calça e blusão de lã, mas esse último item não tinha mais para seu tamanho. Mesmo assim, saiu com uma sacola de roupas para aquecer a família nos dias de frio.

Com uma demanda média diária de 60 a 70 pessoas e ainda abastecendo os moradores de rua pelo Centro Pop, peças masculinas, calçados, vestimenta infantil, além de roupa de cama e banho já não têm mais e são as mais solicitadas.

Frio e chuva estimulam

“Quando está muito frio, ou com um período prolongado de chuva, as pessoas têm vindo buscar por semana e, como são doações, nós atendemos todos”, explica a educadora social Simone Cardoso, 50, que atua na rouparia. Ela conta que já houve cem atendimentos em um dia. “Na semana que fez muito frio, chegamos a 700 doações em cinco dias”.

No espaço reservado para o brechó, as peças são separadas por tamanho. Nas araras ficam os casacos de inverno. Nos cestos, mantas e toucas.

Nos fundos, ficam as peças que chegam de doação. A equipe faz uma ressalva para que as doações sejam entregues em boas condições e limpas, já que não é descarte. Mesmo assim elas precisam fazer triagem. No local, ainda são reservados enxovais para bebês.

Nova campanha em 2025

De acordo com o secretário de Assistência Social, Edmar Mesquita, em função da crise climática do mês de maio, não foi possível a realização da campanha do agasalho.

O secretário diz ainda que o município recebeu aproximadamente 15 mil toneladas de roupas para fins de doação durante a calamidade. O montante foi doado tanto às famílias vítimas da enchente como ao público em situação de vulnerabilidade social.

Ao contrário do que foi observado no local, o titular da SAS assegura que a pasta atende cotidianamente a demanda por roupas, principalmente de tamanho infantil e adulto masculina. Doações (de agasalhos limpos e em condições de uso) podem ser feitas de segunda a sexta-feira na sede da secretaria, na rua Marechal Deodoro, 404.

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