São 32 obras que devem ser entregues pela prefeitura de Pelotas nos últimos quatro meses de gestão da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), segundo levantamento da repórter Victoria Fonseca nas páginas 4 e 5 desta edição. Entre revitalizações de problemas crônicos e construções de espaços que tendem a mudar a cidade, o fato é que há muita coisa a ser feita e impressiona a quantidade de trabalho a ser realizado em tão pouco tempo.
Como nem uma respiração passa em branco nesta época do calendário, é óbvio que dedos serão apontados para o período eleitoral e potencialização com isso. No entanto, entre o sim e o não, há que lembrar que, mesmo com tantas ações, ainda há muito pela frente para o próximo prefeito. Pelotas tem questões estruturais sensíveis, fora a revitalização, para ser pensada. Por enquanto, não há nada definitivo em relação ao Laranjal pós-enchente, por exemplo.
Deixando de lado a questão eleitoral, o governo atual, mesmo em reta final, ainda tem muito a fazer. Certamente ninguém da gestão quer que a última imagem seja de uma cidade aos frangalhos e ver que tamanho gás está sendo dado para ao menos concluir o que se começou é estimulante também para os candidatos, que precisam entrar em 2025 já no pique para concluir o que não foi feito.
Das obras listadas, pelo menos quatro são fundamentais para uma mudança de patamar da cidade: a ETE Novo Mundo vai melhorar o saneamento significativamente, o Hospital Regional de Pronto Socorro tende a resolver parte dos problemas por atendimento em saúde e agilizar os processos e o Museu da Baronesa e Sete de Abril melhorarão sensivelmente a questão do lazer e consumo de cultura à população.
Porém, mais do que tudo, é fundamental que se passe a pensar urgentemente no déficit de vagas educacionais em creches e escolas, a fim de oferecer dignidade às crianças, e garantir que a questão da zeladoria seja priorizada. Após tantos meses de chuvas, basicamente não há uma rua na cidade que não tenha buracos, e algumas parecem verdadeiros campos minados. A limpeza urbana também precisa ser reavaliada.
Há muito trabalho pela frente e pensar em estrutura é pensar em uma cidade melhor para quem vive nela, quem visita e quem investe.