Na reta final da atual gestão da prefeitura de Pelotas a corrida é pela conclusão de obras em andamento. Somente na área de infraestrutura são cerca de 15 intervenções em ruas e avenidas com previsão de entrega até o final do ano. Na saúde e educação, reformas e ampliação de estruturas também estão incluídas. Quanto aos espaços culturais, a perspectiva é que a restauração do Theatro Sete de Abril e a requalificação do Parque da Baronesa também sejam finalizadas.
Antes do encerramento dos oito anos de governo da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), o principal objetivo da gestão é a conclusão de grandes construções aguardadas há alguns anos, como o novo Pronto Socorro Regional de Pelotas e a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Novo Mundo.
Infraestrutura
Uma dessas revitalizações é a duplicação da avenida Cidade de Lisboa, no Fragata. O trecho, que é um dos acessos ao município pela BR-116, tem intenso fluxo de trânsito com circulação de veículos pesados como ônibus intermunicipais e caminhões, e deveria ter sido entregue em 2020.
Após quatro anos de atraso, as obras no local estão em estado avançado. Para o morador da Cidade de Lisboa há mais de 60 anos, Paulo Lulhier, a duplicação irá tornar o tráfego mais fluido e conferir mais segurança nas vias. “É uma duplicação que estava há anos engavetada e graças a Deus vai sair. Para a população e para o comércio também é muito bom. A gente espera há muitos anos”, ressalta.
Outra pavimentação que deverá sair do papel é a da avenida Herbert Hadler. Localizada na zona industrial, a via que está entre a BR-116 e a avenida Pinheiro Machado também é rota de trânsito intenso de trabalhadores e de caminhões. Sem pavimentação, o trecho é permeado por buracos e lama após as chuvas.
De acordo com a moradora Nara Cavalheiro, a via está em obras há mais de oito meses. “Eu espero que até o final do ano esteja pronto. Agora a pavimentação vai ser muito boa porque está sempre cheia de buracos”.
Motivação pela reta final de mandato
Conforme o coordenador do curso de Gestão Pública da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Luís Peixoto, o cenário de obras que se arrastam por anos geralmente tem como causas a falta de planejamento, de recursos ou atraso de repasses. No entanto, os gestores que ao concluírem os mandatos deixarem obras para trás poderão incorrer em improbidade administrativa. “Essas obras já são previstas em orçamento, possivelmente os recursos já foram alocados, mas sabemos que há um número grande de obras paradas ou inacabadas em tudo que é governo”, aponta.