A deputada estadual Laura Sito está destinando emenda no valor de R$ 100 mil para a Secretaria da Cultura de Pelotas (Secult), para ser utilizada no apoio à implementação e manutenção de equipamentos e espaços culturais ativos. A escolha do investimento foi para a construção de uma estátua de Manuel Padeiro.
Em reunião com a equipe da deputada, a secretária Carmen Vera Roing destacou que Manuel Padeiro foi uma figura essencial da história de Pelotas e da população negra na construção da cidade. “Uma memória que precisa ser cada vez mais reconhecida e valorizada”, afirmou.
O secretário de Igualdade Racial, Júlio Domingues, celebra o investimento. “Esta emenda se conecta diretamente com uma das funções da Secretaria Municipal de Igualdade Racial, que é a potencialização de iniciativas que valorizem a história, a presença e a contribuição da população negra no processo de construção de Pelotas. Manuel Padeiro é uma das figuras representativas desta pauta e merece o resgate que vem ocorrendo ao longo dos últimos anos. Ainda precisamos avançar na promoção dessa figura histórica, para que toda a população a reconheça, valorize e defenda a figura de Manuel Padeiro e dos quilombolas da região Sul”, declarou.
Manuel Padeiro
É uma figura histórica de Pelotas, líder de revoltas de escravizados nos anos 1830, conhecido como Zumbi dos Pampas e uma referência para a comunidade negra. Sua atuação como liderança quilombola foi até 1835, quando, no dia 16 de junho, desapareceu após emboscada de forças repressivas do Império.
Pelotas Merece
O líder também foi tema do Pelotas Merece, publicação do Jornal A Hora do Sul divulgada nos dias 22 e 23 de novembro deste ano. Na reportagem da jornalista Ana Cláudia Dias, elementos históricos do também conhecido “Zumbi dos Pampas” foram relembrados, especialmente sua luta coletiva por “projetos de liberdade” e “projetos de cidadania”. A matéria pode ser acessada no site do jornal A Hora do Sul.
Projeto de lei
O Projeto de Lei nº 86/2023, da deputada estadual Laura Sito (PT), reconheceu, há dois anos, o ex-escravizado como o primeiro herói negro do Estado, uma iniciativa que, para a proponente, foi a chance de proteger a memória de um protagonista de primeira linha no enfrentamento à escravidão.
