Com a aproximação do verão, o número de pessoas em praias, lagoas, rios e balneários aumenta significativamente. Esse cenário acende um alerta para os cuidados necessários a fim de evitar acidentes, como os afogamentos. Neste fim de ano, já foram registrados sete casos de afogamento com óbito na Região Sul, sendo quatro deles apenas no mês de dezembro. Pensando na prevenção, reunimos uma série de dicas para evitar fatalidades durante os momentos de lazer.
De acordo com o tenente-coronel Fabrício Madruga, comandante do Pelotão de Bombeiro Militar de Pelotas, o número de ocorrências neste ano já iguala os registros do ano passado. “Há um padrão nesses últimos anos nesse tipo de ocorrência”, explica. Entre as principais vítimas de afogamento estão homens e crianças.
Perigos
Correntezas, águas profundas, bancos de areia, correntes de retorno, pedras e galhos aumentam o risco de incidentes. Os perigos são ainda maiores em rios e lagoas, onde normalmente não há a presença de guarda-vidas e as águas turvas dificultam a visibilidade.
No entanto, o tenente-coronel alerta que todos os locais oferecem potenciais riscos de afogamento, sendo os comportamentos inadequados dos banhistas os principais responsáveis pelos acidentes. Entre os erros mais comuns estão: nadar em locais sem cobertura de guarda-vidas; optar por nadar sozinho; ingerir bebidas alcoólicas; a falta de monitoramento e supervisão de crianças por parte dos responsáveis; e o excesso de autoconfiança.
Cuidados básicos
Para evitar acidentes, Madruga orienta que as pessoas busquem sempre locais com cobertura de guarda-vidas. Caso estejam em áreas sem monitoramento, a recomendação é optar por pontos com menor volume de água, sem correntezas, e nunca negligenciar os riscos existentes. Ele também reforça a importância da atenção constante às crianças e do respeito aos próprios limites físicos durante o banho.
Ao presenciar um afogamento, a orientação é nunca entrar na água para tentar o salvamento, a fim de evitar que mais uma pessoa se torne vítima. “Devemos procurar uma corda, um bastão, um galho ou qualquer objeto comprido e arremessá-lo o mais próximo possível da pessoa que está se afogando, para que ela segure e possa ser puxada”, explica o tenente-coronel.
Caso a tentativa não tenha êxito, a instrução é acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193.
