A chuva deste sábado (17) atrapalhou a agenda de quem pretendia visitar os 15 prédios históricos e museus no Dia do Patrimônio, celebrado no dia 17 de agosto. Quem foi até o Centro Histórico teve a sorte de encontrar o Theatro Sete de Abril aberto e com atividades.
Ao redor da praça Coronel Pedro Osório, desde os sobrados geminados até os casarões 2,6 e 8, a movimentação era tímida, mas não menos proveitosa. Bastava entrar em uma das edificações para receber uma verdadeira aula de história.
Cultura doceira
Com a edição voltada para a Cultura Alimentar, Patrimônio e Sustentabilidade, o público teve a oportunidade de conhecer toda a produção doceira no Museu do Doce e ainda descobrir para que serviam as verdadeiras obras de arte feitas em estuque nas principais salas e quartos do local.
Até mesmo a modernidade da época é retratada na forma de construção, que permitiu grandes porões, preservando assim o madeiramento do assoalho. Ainda no Casarão 8, o público pode interagir identificando, através de maquetes, a composição do Centro Histórico, e também a parte inclusiva para deficientes visuais, coordenado pela professora de Arquitetura e Urbanismo da UFPel, Adriane Borba Almeida, 63.
No mesmo ambiente, a estudante do curso de Arquitetura, Samanda Quevedo, 24, reproduzia o piso do hall de entrada em um quebra cabeças. “A ideia é para a pessoa interagir, pois há uma lógica na composição do ladrilho de rebatimento. Então fizemos em escala para a montagem”, explicou.
Para relembrar
O ensaio aberto da Escola de Dança Abambaé fez a artesã Maria Tereza Rosa da Rocha, 59, relembrar dos tempos do Sete ao Entardecer, no Theatro Sete de Abril. Com as portas abertas para o público, o local fez muitos reviverem tempos de grandes espetáculos e ainda possibilitou a visitação do espaço que está sendo restaurado. “Está ficando muito bonito. Conheci parte do Theatro que não tinha ideia. Estou louca para que ele volte a ativa”, comentou a artesão.
A professora de dança, Caroline Paz, 32, estava com a família passeando pelo palco. Ela ficou encantada com a estrutura da cobertura e das maravilhas que, uma vez pronto, o Theatro poderá oferecer. “Eu cresci em Pelotas e amo esse lugar”, afirmou.
A programação termina neste domingo e quem for aproveitar, recebe nos locais de visitação, seis cartões postais com imagens que remetem à temática do Dia do Patrimônio