A possibilidade de um contrato tampão com a Ecovias Sul segue mantida na mesa, segundo o próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Naturalmente, a questão divide opiniões. De um lado, há quem se oponha ferrenhamente. De outro, quem pondere a necessidade de gestão sob as rodovias. Como tudo nos últimos tempos, é um tema que raramente vai encontrar um meio termo. Mas o fato é que essa decisão passa exclusivamente por lideranças políticas e de entidades, e deles se espera maturidade e serenidade para arcar com decisões, populares ou não.
Para tudo isso, é importante colocar na balança todos os pesos e medidas. Houve um avanço significativo na última semana no que diz respeito à próxima concessão. Finalmente há uma data: agosto do ano que vem. Ou seja, cinco meses após o fim do contrato. Há que se medir também os trâmites posteriores, como recursos, tempo de implementação e tudo mais. Pela lógica, talvez só em 2027 a próxima concessionária passe a operar. Ou seja, no mínimo nove meses sem concessionária. E esse número é que deve ser levado em consideração.
O Dnit já garantiu que consegue administrar a questão estrutural da rodovia, o que é excelente e um alento. Em um mundo perfeito, não teremos buracos, mato na pista e tudo mais. Ótimo sinal de avanço. O que os prefeitos demandam, porém, é muito mais: garantias de presença de guinchos e ambulâncias, em um polo que conta com altíssimo fluxo de caminhões – teremos uma safra de soja nesse período, por exemplo. Isso tira o sono dos gestores, que já procuraram basicamente todas as autoridades para pedir apoio e garantias.
Todos esses fatores devem ser calculados com muita cautela para que uma tomada de decisão leve em consideração os pontos fundamentais e o principal ponto: o real interesse da região. É fundamental que se pense no desenvolvimento acima de tudo. A resposta deve ser obtida através do diálogo entre lideranças e da ponderação de todos os cenários e nos impactos que eles teriam. O mesmo deve ser feito, em paralelo, em relação ao próximo contrato. É unida que a Zona Sul cresce.
