Especialistas avaliam caminhos no cenário pós-enchentes

Meio ambiente

Especialistas avaliam caminhos no cenário pós-enchentes

Professores e especialistas de diferentes áreas debatem o tema em um ciclo de conversas proposto pela UFPel

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Especialistas avaliam caminhos no cenário pós-enchentes
Debates aconteceram na quinta e na sexta-feira (Foto: Jô Folha)

Com eventos climáticos cada vez mais constantes, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) organiza um ciclo de debates entre professores e especialistas. O evento “olhares múltiplos sob uma perspectiva interdisciplinar: as enchentes no contexto de eventos climáticos extremos” promove discussões para apontar direção a um futuro capacitado e ciente frente às crises ambientais.

Leitura geomorfológica

O professor do Instituto de Biologia da UFPel, José Eduardo Dornelles, com formação na área de geociências, discute sobre o processo de evolução geológica do Rio Grande do Sul e como ela se constitui em termos altimétricos, do mais alto ao mais baixo. Dessa forma, ele procura entender quais as relações dos fatores geomorfológicos (origem, evolução e estrutura) com a incidência de eventos climáticos cada vez mais extremos em relação à energia, deposição da água e dos sedimentos.

“Ter uma noção do terreno, de como é que é o Rio Grande do Sul em termos de direcionamento dos seus efluentes e os sedimentos que eles levam, o quanto estrategicamente a gente pode gerenciar, tratar de uma forma mais preventiva e sempre raciocinar mais em termos de escala de tempo, e não ser tão imediatista”, defende Dornelles.

Segurança alimentar

Também da área biológica, o professor do Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Luiz Ernesto Schmidt, aborda a relação entre a segurança alimentar e o “novo normal” climático. Com base no trabalho que ele vem desenvolvendo junto com os cursos de Agronomia, Nutrição e Biologia, ele questiona se os problemas ambientais que vêm sendo enfrentados são de responsabilidade do momento atual dos sistemas alimentares

Mapeamento de risco

Na discussão sobre o mapeamento de risco, a engenheira cartógrafa e coordenadora de pós-graduação em ciências ambientais da UFPel, Diuliana Leandro, associa questões como a necessidade das cidades se tornarem resilientes. Segundo ela, a gestão de risco é um passo que envolve os momentos anteriores e posteriores ao evento climático. Essencial na melhoria de governanças municipais, o mapeamento prévio delimita as áreas que têm maior propensão a sofrerem com esses eventos extremos, que também são os espaços mais vulneráveis socioeconomicamente.

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