Ferret apresenta Inteligência banal, seu novo livro, na Tenda Cultural

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Ferret apresenta Inteligência banal, seu novo livro, na Tenda Cultural

Poeta de rua há seis anos, pelotense é atração artística na 51ª Feira do Livro

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Atualizado terça-feira,
04 de Novembro de 2025 às 09:46

Ferret apresenta Inteligência banal, seu novo livro, na Tenda Cultural
Pedro Ferret tem cinco obras (Foto: Divulgação)

Poeta das ruas da cidade, com produção de livros de forma independente, Pedro Ferret, 26, apresenta um pouco do seu trabalho poético no final da tarde desta terça-feira (04), na 51ª Feira do Livro de Pelotas. Na Tenda Cultural, às 17h30min, o autor apresenta ao público sua quinta publicação, Inteligência banal, nome da proposta artística que levará ao público que estiver na praça Coronel Pedro Osório.

Essa é a segunda vez que o poeta faz uma apresentação poética na Feira do Livro, a primeira foi em 2019. Pelotense, Ferret conta que vende suas obras em espaços públicos como o Mercado Central e até na própria Feira do Livro.

Em 2023, mesmo sem convite formal, realizou o varal artístico com seus irmãos do lado de fora da Feira, mostrando iniciativa e compromisso com a cena cultural local.

Pedro é irmão do músico Serginho da Vassoura e do comediante Décio Ferrer. Com eles, realizou projetos como o varal artístico.

Persistência e compromisso

O poeta conta que começou aos 20 anos e, ao longo dos anos, tem persistido na rotina de abordar pessoas e lidar com recepções variadas à sua arte, mas sem deixar de reafirmar o compromisso de levar poesia ao cotidiano urbano.

Pedro Ferret é autor também de Versos Sobre o Ser Animal (2017); Projeto não se mate Vol.1 (2018); Projeto não se mate Vol.2: Amor de Mãe e outros raros (2018); Projeto não se mate Vol. 3: Censurado (2020), lançado na Feira do Livro da Furg.

Trabalho formal e identidade artística

Apesar de ter emprego com carteira assinada, Ferret enfatiza que sua verdadeira identidade é a de poeta. Atualmente, ele tenta equilibrar o trabalho formal com a produção e venda dos livros, o que impacta o volume de vendas: quando não estava empregado, vendia mais. Agora, com o novo lançamento, pretende retomar com força.

Título e motivação temática

Inteligência Banal nasce da experiência de musicar suas poesias usando inteligência artificial. Basicamente, o poeta reflete sobre tecnologia e sensibilidade. “Por mais inteligente que seja, ela não consegue dar o sentimento para as coisas. Ela pode musicar, mas o sentimento é o humano que coloca”, diz o autor ao enfatizar que critica essa eficiência técnica sem profundidade emocional.

Mas não é só a IA que inspira a nova obra do poeta pelotense. O cotidiano é outro fator de inspiração. “Eu tento transformar o cotidiano em poesia, as coisas, falar de gente diferente, uma crítica social, um protesto”, esclarece. Temas como o amor, a ancestralidade e as vivências no lugar onde mora também estão presentes na sua obra.

Todas as 42 poesias que estão nesse livro Inteligência banal estão musicadas com Inteligência Artificial disponíveis no YouTube. “Eu musiquei todas elas e lancei o álbum que também chama Poeta Pedro Ferrer e Inteligência banal fazendo música falsa, que a letra é a minha poesia, mas a música é feita por Inteligência Artificial”, conta o poeta.

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