Pais protestam por atraso nas obras de escola no Capão do Leão

Manifestação

Pais protestam por atraso nas obras de escola no Capão do Leão

Reforma da Escola Margarida Gastal está parada há dois anos; prefeitura prevê conclusão do projeto até o fim de novembro

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Atualizado segunda-feira,
03 de Novembro de 2025 às 16:53

Pais protestam por atraso nas obras de escola no Capão do Leão
Grupo de pais se reuniu na entrada do campus Capão do Leão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). (Foto: João Pedro Goulart)

Pais e responsáveis por alunos da Escola Municipal Margarida Gastal realizaram, na manhã desta segunda-feira (3), uma manifestação em frente ao portão de acesso ao campus da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Capão do Leão. O grupo cobrou da prefeitura o início das obras de reforma da escola, que segundo eles estão paradas há quase dois anos.

A Margarida Gastal funciona dentro da área do campus da universidade e atende cerca de 250 estudantes do ensino fundamental. Desde 2023, as aulas ocorrem em um prédio cedido pela Embrapa, também dentro da área da UFPel, enquanto a sede passa por reforma. No entanto, a obra ainda não saiu do papel.

Segundo os pais, o prédio provisório apresenta condições precárias para os estudantes. “As crianças estão em um local insalubre, apertado, com salas pequenas, onde faz muito calor no verão. Isso está afetando o aprendizado”, afirma Manuela Larrondo, uma das mães e liderança do movimento.

Manuela Larrondo é uma das lideranças do movimento e concedeu entrevista à Rádio Pelotense. (Foto: Reprodução / Rádio Pelotense)

Ela relata que a comunidade escolar foi informada, no início da intervenção, de que o período de adaptação em um prédio temporário duraria seis meses, mas o prazo já se estende por dois anos. “Foram nos prometendo prazos e mais prazos, e nada acontece. Queremos saber se vão reformar ou não, porque as crianças estão regredindo”, diz Manuela.

Outra mãe, Mariana Bicca, destaca que o imóvel original destinado à escola também não oferece segurança aos alunos, devido à sua situação precária. “O assoalho está podre devido às goteiras e a fiação é exposta. Por isso uma reforma é urgente”, conta.

Durante o protesto, os manifestantes bloquearam parcialmente o trânsito para entrada e saída de veículos no arco de acesso ao campus universitário e à estação da Embrapa. O bloqueio durou cerca de 15 minutos, e serviu para chamar atenção da comunidade e das autoridades municipais. “Queremos causar impacto para que a nossa voz seja ouvida”, explica Manuela.

Além dos atos públicos, os pais afirmam que também já buscaram apoio do Ministério Público e da Câmara de Vereadores. “Fizemos denúncias, participamos de sessões e pedimos reunião com o prefeito, mas até agora não tivemos retorno”, relata uma das mães.

A aposentada Leodir Teresinha Martins, de 68 anos, diz que a comunidade tem um carinho especial pela educação, parte da trajetória escolar de grande parte dos moradores. “Estudei lá, minhas filhas e minhas netas também. É uma escola boa, de tradição. Ver ela assim, abandonada, é muito triste”, lamenta.

Projeto pronto até o fim do mês

Em nota, a prefeitura do Capão do Leão informa que o projeto da Escola Margarida Gastal está em andamento. Segundo o executivo, a empresa responsável solicitou um aditivo contratual para a elaboração do projeto da rede elétrica, etapa essencial para a conclusão do conjunto técnico. A previsão é de que o projeto seja finalizado até o final de novembro. Após essa etapa, será aberto o processo licitatório para execução da obra.

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