Movimentação no Porto de Rio Grande cresce 8% em dois anos
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

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Movimentação no Porto de Rio Grande cresce 8% em dois anos

Mesmo diante dos impactos da enchente, transporte de cargas no cais continuou em crescente

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Movimentação no Porto de Rio Grande cresce 8% em dois anos
Números se mantiveram com continuidade de crescimento mesmo diante da emergência climática no RS (Foto: Divulgação - Portos RS)

O Porto de Rio Grande é o quinto maior em movimentação de cargas no país, segundo os dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Nos primeiros sete meses do ano foram 22,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 0,63% ante o mesmo período de 2023. Os números apontam a continuidade do aumento das operações portuárias mesmo diante do estado de calamidade pública provocado pelas enchentes. Nos últimos dois anos, a circulação de cargas expandiu em 8%.

Somente em julho, quatro milhões de toneladas passaram pelo cais rio-grandino. Dentre os principais produtos transportados estão a soja, que teve neste ano um crescimento de quase 20%, a celulose com o aumento de 10%, seguido das cargas conteinerizadas, com um acréscimo de 30% e o polietileno com 8%. Neste período, em torno de 2,1 mil navios passaram pelos portos do Estado. Desse total, 1,6 mil foram em Rio Grande.

Manutenção importante

“Considerando que ainda estamos passando por essa catástrofe, esse resultado é super importante porque demonstra que apesar de tudo a gente consegue continuar atuando e fazendo o que é importante para a nossa economia girar”, diz o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger.

O gerente do complexo portuário ressalta que a manutenção do crescimento também representa a resiliência das produções regionais, já que boa parte dos bens transportados têm origem gaúcha. “Alcançar uma movimentação significativa representa que o Estado teve uma boa produção e importação de insumos agrícolas”.

Um dos cultivos que contribuiu para os números positivos em Rio Grande foi a safra da soja. “Isso mostra o potencial da nossa região e do agronegócio, porque tivemos um movimento de soja muito grande”. Mesmo com a quebra de produção do grão causada pelas cheias de maio, até o final do ano, a expectativa da Portos RS é manter a movimentação em números semelhantes aos do ano passado. “Queremos a manutenção desse crescimento, mas a gente segue analisando os reflexos dessa situação [calamidade pública]”.

Um dos segmentos em que se aposta para dar continuidade à movimentação é o das cargas conteinerizadas. Nos primeiros sete meses do ano, foram registrados 461,5 mil TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés). Ao todo, 263.427 cointêneres passaram pelo Tecon Rio Grande, maior terminal do Estado.

Complexo portuário

O cais público do Porto de Rio Grande é responsável por 28% da movimentação. O restante das cargas é operado em terminais privados e arrendados. Diante disso, Klinger destaca a importância da combinação das diferentes modalidades de administração embarcadoras. “Eles são muito importantes na movimentação como um todo. A mistura de infraestrutura de cais público e as infraestruturas privadas”.

Em relação ao destino das exportações que saem de Rio Grande, em primeiro lugar está a China seguida por outros países asiáticos como Vietnã e Filipinas. Já as toneladas importadas vêm principalmente da Argentina e da China.

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