Show Fruto proibido, de Rita Lee, mobiliza fãs da cantora na Zona Sul

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Show Fruto proibido, de Rita Lee, mobiliza fãs da cantora na Zona Sul

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Há 50 anos

O show Fruto proibido, da cantora e compositora Rita Lee, superlotou o Theatro Guarany na noite de 31 de outubro de 1975. A realização do evento foi do Centro de Arte e Cultura, liderado pelos atores Jack Rubens e José de Abreu. A mesma entidade havia trazido a Pelotas, anteriormente, apresentações de Jorge Mautner, Toquinho e Vinícius e Gilberto Gil.

A apresentação de Rita Lee causou uma comoção entre o público jovem, que não perdeu tempo para comprar os ingressos, esgotados dias antes do evento. A correria foi tanta que muitos ingressos falsos foram vendidos e, no dia do show, claro, eles foram identificados e seus compradores barrados do evento.

Caso de polícia

Esse contratempo provocou confusão na porta do Theatro. O problema só foi resolvido com a intervenção das autoridades policiais. O alvoroço acabou levando a polícia também para dentro do Guarany, mas sem prejuízo ao espetáculo.

A desordem externa não atrapalhou o show. Desde 1967, Rita Lee figurava entre os melhores autores e intérpretes da música de vanguarda. Na época, a artista liderava o grupo Tutti Frutti.

“A lotação foi total e a vibração empolgou até mesmo a cantora. Rita Lee foi sucesso? sim, foi sucesso. Mas sem dúvida alguma o maior sucesso foi o público. Jovens de todos os lados da Zona Sul estiveram prestigiando… Rita fez tudo. Dançou, pulou, conversou. Cantou suas músicas e as de grupos famosos, inclusive Brown Sugar, dos Rolling Stones, mais Lady Madonna, dos Beatles. Cantou e fez a platéia ‘voar’”, escreveu em um artigo Cleber Bottermund.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

A Industrial fabricava pães, bolachas, biscoitos finos e café

Prédio da rua Santos Dumont ainda existe (Foto: Reprodução)

A empresa pelotense A Industrial exibia suas acomodações à comunidade na imprensa local, destacando que o imóvel era próprio. O prédio da Godinho, Costa & Cia. ficava na rua Marquez de Caixas, atual Santos Dumont, 263, bem na esquina da rua Doutor Cassiano.
A Industrial era uma panificadora, fabricava ainda bolachas, biscoitos e bolachinhas, “em grande escala”. A empresa ainda torrava e moía o próprio café.

“Estabelecimento dotado dos preceitos de higiene e de importantes instalações modernas, é, na opinião de vários viajantes, o primeiro no gênero deste Estado, pela sua disposição”, anunciava a empresa. A Industrial produzia as marcas “Brasil”, “Primor”, “’Aurora” e “Palmeira”, de bolachas e biscoitos finos.

Por sua vez, o café, marca Industrial, era destacado por não ter misturas e sua pureza atestada pelo Instituto de Higiene de Pelotas. “Todos os produtos são fabricados com matéria prima de 1ª qualidade e importada diretamente”, finalizaram os empresários. Os pedidos eram atendidos em até 24 horas, tanto para o município, quanto para fora da cidade.

A Industrial foi extinta na década de 1960, porém o prédio centenário, orgulho dos proprietários em 1925, ainda existe.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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