“O sorriso é a primeira conexão entre as pessoas”

ABRE ASPAS

“O sorriso é a primeira conexão entre as pessoas”

Dentista Alessandra Silveira, especialista em Odontologia Estética

Por

Atualizado sábado,
25 de Outubro de 2025 às 11:05

“O sorriso é a primeira conexão entre as pessoas”
Alessandra atua há mais de 20 anos na área (Foto: Isaac Moraes)

No dia 25 de outubro é celebrado o Dia do Dentista, data que homenageia os profissionais dedicados à promoção da saúde bucal e ao bem-estar dos pacientes. Em alusão à data, a dentista Alessandra Silveira, especialista em Odontologia Estética, conversou sobre os cuidados preventivos, os avanços da profissão e o impacto do sorriso na autoestima e na qualidade de vida. Formada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com mestrado e especialização na USP de Ribeirão Preto, Alessandra atua há mais de 20 anos na área e destaca que o principal pilar de seu trabalho é equilibrar saúde, beleza e longevidade dos dentes.

O Dia do Dentista tem um significado especial para você?
Tem, sim. A odontologia é a minha grande paixão, então esse dia sempre me faz relembrar toda a trajetória, os anos cuidando de pessoas, transformando vidas e melhorando a qualidade de vida de tantos pacientes. É uma data de orgulho e de realização pessoal e profissional. Eu me formei aqui em Pelotas e, no mês que vem, completo 23 anos de formada. Depois segui para Ribeirão Preto, onde fiz mestrado e especialização na USP, e posteriormente voltei para atuar na cidade.

O que é exatamente a odontologia estética e como ela se diferencia da harmonização facial?
O foco da odontologia estética é melhorar e potencializar a beleza do sorriso. Trabalhamos com alterações de cor, formato e tamanho dos dentes por meio de procedimentos como clareamento, lentes de contato e facetas de resina ou porcelana. É um trabalho voltado à harmonia do sorriso, diferente da harmonização, que envolve a face como um todo.

Os cuidados básicos, como escovar os dentes e usar fio dental, continuam sendo essenciais?
Meus atendimentos se baseiam em três pilares: saúde, beleza e longevidade dos dentes e dos tratamentos. Não adianta investir em estética se não houver o cuidado diário com o básico, escova macia, creme dental com flúor e uso do fio dental uma vez ao dia. A frequência das consultas depende do risco individual de cada paciente. Quem tem mais propensão a cárie ou doenças gengivais precisa de retornos mais frequentes.

A alimentação também influencia na saúde bucal?
O açúcar ainda é o grande vilão, principalmente em alimentos pegajosos como bolachas recheadas. Por outro lado, dietas saudáveis com excesso de frutas cítricas, shots com limão e vinagre, por exemplo, são altamente ácidas e podem corroer o esmalte dos dentes. É importante equilibrar.

Quais sinais devem alertar o paciente para procurar o dentista?
Sangramento gengival não é normal, geralmente indica inflamação. Bolinhas com pus ou fístulas também são sinais de infecção. Em relação ao câncer de boca, é importante observar feridas que não cicatrizam em até 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas e ferimentos causados por próteses que persistem. Nesses casos, a avaliação profissional é fundamental.

Como equilibrar a busca pela estética com a preservação da saúde bucal?
Tudo começa alinhando a expectativa do paciente. Às vezes, um simples clareamento, que é um procedimento conservador, já alcança o resultado desejado. As lentes de contato e facetas, por exemplo, exigem desgaste mínimo do dente, menos de um milímetro, e têm resultados incríveis. O importante é buscar um tratamento que respeite a estrutura dentária e melhore a autoestima de forma segura. As porcelanas são mais duráveis e não mancham, enquanto as facetas de resina são mais acessíveis, mas exigem manutenção com o tempo, especialmente para quem consome café, vinho ou chimarrão.

Qual é o perfil dos pacientes que mais buscam tratamentos estéticos?
A maioria está entre 30 e 50 anos, mas os jovens também têm procurado cada vez mais. Um problema muito comum hoje é o envelhecimento precoce dos dentes, com desgaste e trincas, geralmente associado à ansiedade e ao bruxismo.

O bruxismo é comum?
Hoje, de cada dez pacientes, sete apresentam algum grau de bruxismo, apertar ou ranger os dentes, de dia ou à noite. Ele está relacionado à ansiedade, distúrbios do sono e até ao uso de algumas medicações. É uma condição multifatorial que exige acompanhamento interdisciplinar. Tenho uma abordagem multiprofissional no consultório, porque muitas vezes é na boca que aparecem os primeiros sinais de doenças sistêmicas, refluxo, apneia ou alterações emocionais. O diagnóstico precoce, em parceria com médicos e outros profissionais, é essencial.

Qual mensagem deixaria aos leitores neste Dia do Dentista?
O sorriso é a primeira conexão entre as pessoas. Cuidar da boca é cuidar da saúde, da autoestima e da confiança. Um sorriso saudável transforma vidas, e isso é o que mais motiva quem trabalha com odontologia.

Acompanhe
nossas
redes sociais