Em reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU), a comitiva de prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) acordou o envio de um documento que elenca os serviços que devem ser mantidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nas BRs 116 e 392, após o término da concessão da Ecovias Sul. Recepcionado pelo ministro Augusto Nardes, o grupo saiu da reunião otimista com o encaminhamento dado.
Na avaliação do presidente da entidade e prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga (PP), a expectativa é de que, com a determinação do TCU, sejam mantidos os serviços de monitoramento por vídeo conveniados com as polícias; atendimento de urgência e emergência 24 horas; manutenção de radares ativos para controle de velocidade; conservação e preservação das BRs 116 e 392; funcionamento das balanças de pesagem; disponibilidade de guincho para remoção de veículos tombados; e manutenção da sinalização e das placas das rodovias.
“Nossa expectativa é que o TCU faça na nossa região o mesmo que fez no estado da Bahia, onde houve essa mesma intervenção e ela foi cumprida, conforme o próprio Dnit confirmou”, explica. O documento também será entregue aos deputados gaúchos e ao Ministério Público.
A expectativa do grupo é que, após a entrega do documento ao TCU, ocorra a notificação ao Dnit para a prestação de informações e esclarecimentos sobre quais serviços serão ofertados com o fim da concessão. Em novembro, está prevista uma reunião com representantes do Dnit, em Pelotas, para assinatura do contrato.
Cenário de insegurança
Na avaliação do prefeito de São Lourenço do Sul, Zelmute Marten (PT), em entrevista à Rádio Pelotense, o cenário de incertezas permanece mesmo após a agenda em Brasília. “O principal encaminhamento da reunião com o Dnit, na minha ótica, é o agendamento de uma nova reunião em Pelotas”, afirmou.
Para ele, a falta de definição de um cronograma é o principal ponto que precisa ser resolvido. “Sem o cronograma, aumentam as nossas incertezas e a sensação de responsabilidade em relação aos serviços de ambulância, em especial, além dos prejuízos que os municípios terão com o fim do contrato, que ficarão a cargo dos prefeitos”, concluiu.