Apresentado nesta terça-feira (14) como novo treinador do Brasil, substituindo Emerson Cris, Gilson Maciel destacou o passado de sucesso no Bento Freitas durante a carreira de atleta. O ex-atacante foi artilheiro do Gauchão em 1992 pelo Xavante e agora, em meio ao processo de transformação do clube em SAF, exalta a ligação com o Rubro-Negro e evita falar em futuro, mirando o título da Copa Professor Ruy Carlos Ostermann.
“Venho para o momento, e o momento é a Copa da Federação. Não penso em 2026, penso no agora. Quero ganhar, quero ser campeão. Mesmo tendo atingido o objetivo que era a vaga na Série D do ano que vem. Um título com a camisa do Brasil tem uma dimensão muito grande”, afirmou na primeira entrevista coletiva após ter comandado dois treinamentos.
“Sempre tive o desejo e sabia que um dia treinaria o Brasil. É um clube que me marcou na carreira como atleta. Aqui dentro eu me sinto em casa. Aqui dentro tive os melhores momentos como atleta. Eu e o Hélio [Vieira, gerente de futebol] mantivemos uma relação de anos e a gente sempre falava do Brasil. Já vim jogar contra e sempre tinha o desejo de trabalhar aqui”, disse.
Estreia nesta quarta
Questionado a respeito da partida desta quarta (15), no Cristo Rei, em São Leopoldo, contra o Aimoré, Gilson Cabeção, como é conhecido, disse esperar um confronto com características da Divisão de Acesso, competição que ele vivenciou ainda em 2025 enquanto dirigia o Bagé.
“Vai ser um jogo de muita ligação, porque o campo não permite um jogo bem jogado, com mudança de corredores, um jogo que a gente gosta, então a gente vai ter que competir muito, brigar por primeira e segunda bola. São jogos muito parecidos com a Divisão de Acesso devido aos campos”, projetou.
Estilo de jogo
Gilson conta que aceitou rapidamente a proposta e disse que vinha acompanhando as partidas da Copa Professor Ruy Carlos Ostermann. Sobre o modelo de jogo, o treinador de 56 anos afirma prezar pela objetividade ao atacar e cita a importância de rapidez na reorganização ao perder a bola e na transição ofensiva. Além disso, manifestou preferência pela marcação por zona, e não individual, por exemplo.
“Hoje o futebol pede intensidade, força, ter o equilíbrio de uma equipe que toma pouco gol, que marca forte e compete o jogo todo. Os campos que eu vi, a bola fica muito viva, e às vezes a qualidade de jogo fica em segundo plano. Ser o mais objetivo possível é uma característica”, completou.
O novo comandante chega ao Bento Freitas com o auxiliar técnico Lucas Guarente.