A Zona Sul é o principal celeiro arrozeiro do país e o setor, mesmo em um ano de dificuldades e preços baixos, é um dos grandes responsáveis pela nossa economia. Por isso, a inaceitável trava que vem sendo encontrada com o impasse logístico envolvendo o Tecon Rio Grande é um problema coletivo. A região inteira aguarda por uma solução.
Quando a nossa principal força industrial é ferida, perdem todos.
O tema deve estar no principal escopo de todas as lideranças locais, regionais e estaduais hoje e nos próximos dias. É inaceitável que não esteja. Perde-se força na indústria, perdem-se impostos e um setor inteiro, que já vem sofrendo nos últimos tempos por questões variadas, é ainda mais prejudicado por um impasse que aguarda resolução há semanas.
Entre termos técnicos, que vão de ajustes a série de cancelamentos, e o monitoramento da Portos RS, o fato é que as respostas esperadas até o momento são incompletas. Devem-se apresentar soluções, não argumentos para uma crise estendida. Obviamente, a questão internacional precisa ser considerada em um setor tão sensível quanto o comércio. Ainda assim, é bastante insatisfatório ver que as soluções não são tão claras e se mostram lentas.
A Zona Sul tem por obrigação comprar brigas para zelar pelos seus. É o caso agora com a questão arrozeira. Não podemos, sob hipótese alguma, perder dinheiro em um momento em que a região tenta se fortalecer. E não podemos ver a demanda dos nossos atores, independentemente do setor, ser minimizada. A região se desenvolve com uma logística forte, com um agronegócio forte e com um porto forte. Mas, acima de tudo, deve haver harmonia para que todos cresçam juntos.
O setor orizícola tem razão em reclamar e o Tecon precisar dar uma resposta objetiva ao impasse.