O canteiro de obras no Ginásio do Areal não chega a ser problema para os alunos que retornaram às aulas na última semana. Pelo contrário: com as obras na escola estadual, orçadas em 652.344,47, o espaço terá cozinha e refeitório reformados. O serviço faz parte do programa Lição de Casa, de contratos de manutenção escolar, do governo do Estado. Na 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), que atende parte da Zona Sul, são R$ 5 milhões empenhados inicialmente.
No Ginásio do Areal, além da reforma completa na cozinha e no refeitório e melhorias na rede elétrica, pisos e pintura. Há ainda contrato fechado para a segunda parte da obra, que fará a recuperação de algumas salas de aulas e da sala de dança.
A coordenadora da 5ª CROP, Lívia Winkel Fernandes, conta que a Ata de Registro de Preços veio para revolucionar as contratações. “Como ela permite fazer vários contatos, primeiro estamos trabalhando nos telhados para atacar infiltrações e depois partir para outras frentes como a pintura”, esclareceu. Um exemplo é a escola de Arroio do Padre cuja reforma geral do telhado – R$ 148.372,56 – foi finalizada e agora será feito um novo contrato para a parte elétrica e pintura das salas de aula.
Na Escola do Areal, alunos convivem com canteiro de obras que vai resultar em nova cozinha e refeitório (Foto: Jô Folha)
Demandas
Um grande andaime sinaliza o tamanho do problema no Instituto Estadual Assis Brasil. Para o canteiro de obras, que fica no pátio interno, foi preciso restringir a passagem de alunos durante a realização dos trabalhos, situação que não é vista como um problema pela comissão diretiva, pois vai solucionar uma demanda antiga da escola. “Estamos realizando uma reforma no telhado para corrigir infiltrações que estavam danificando a edificação. Em breve, haverá uma nova etapa para a reforma completa do prédio principal”, garante Lívia. Também foram firmados contratos com as escolas Professora Inácia Machado da Silveira, em Piratini, e Professor Ottoni Xavier, em Pelotas.
Complexidade
A Escola Estadual Félix da Cunha, prédio que requer mais urgência e está interditado desde 2019, vai ter que esperar mais um pouco para receber melhorias. “No Félix estamos avaliando como será a contratação”, informou a coordenadora.
Reforço para Arroio Grande
Dos R$ 5 milhões disponibilizados para a região, mais de R$ 1,4 milhão vão para duas importantes escolas em Arroio Grande, interditadas em novembro do ano passado pelo Corpo de Bombeiros. A Escola Estadual de Ensino Médio 20 de Setembro e o Instituto de Educação Estadual Aimone Carriconde foram palco de manifestações após os alunos passarem a ter aulas virtuais às vésperas do Enem de 2023.
Na Aimone foi realizada uma contratação para a reforma geral do prédio, com um investimento total de R$ 727.586,88. Essa reforma inclui a parte interditada, pinturas, pisos e banheiros. As obras iniciaram há cerca de 20 dias. Já a 20 de Setembro firmou contrato na última semana. De acordo com a 5ª CROP, o valor é de R$ 783.841,68.
