Combate ao agronegócio é tema de aula inaugural na UFPel; entidades repudiam

Polêmica

Combate ao agronegócio é tema de aula inaugural na UFPel; entidades repudiam

Tópico foi abordado em aula da 6ª Turma Especial de Medicina Veterinária do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária

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Atualizado terça-feira,
23 de Setembro de 2025 às 12:03

Combate ao agronegócio é tema de aula inaugural na UFPel; entidades repudiam

Entidades, lideranças e diretórios acadêmicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estão emitindo notas de repúdio após a aula inaugural da 6ª Turma Especial de Medicina Veterinária do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), realizada na noite desta segunda-feira (22), ter tido entre as temáticas o “combate ao agronegócio”. O evento foi promovido em conjunto entre UFPel, Pronera e Movimento Sem Terra (MST).

Os Diretórios Acadêmicos das faculdades de Agronomia, Zootecnia e Engenharia Agrícola emitiram notas de repúdio à postura. A Aliança Pelotas promete emitir nota de repúdio em breve, em nome do Sindicato Rural de Pelotas. Professores da universidade e os deputados federais da região Daniel Trzeciak (PSDB) e Afonso Hamm (PP) também fizeram postagens em redes sociais criticando o evento.

Em nota, o UFPel diz que “é uma instituição pública, plural e comprometida com uma formação crítica de seus estudantes e atenta aos desafios da atualidade”. “A UFPel reafirma seu compromisso com a pluralidade de ideias e a formação cidadã de seus estudantes. Cumprimos, assim, nossa função social: formar profissionais críticos, capazes de analisar e debater temas relevantes e complexos para a sociedade brasileira, entre eles os modelos de produção no campo, sempre orientados pelo interesse público e pelo respeito à diversidade de perspectivas”, segue a nota universidade.

Confira a nota na íntegra

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) é uma instituição pública, plural e comprometida com uma formação crítica de seus estudantes e atenta aos desafios da atualidade. Conquistamos mais de R$ 11 milhões para o projeto “Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis para a Cadeia Produtiva do Arroz: do campo à mesa”. A iniciativa, realizada em parceria com mais de 30 empresas e entidades, busca soluções para a produção de um alimento essencial ao país e reforça o compromisso da instituição com a ciência, a inovação e o desenvolvimento.

Nesse mesmo espírito de compromisso, a UFPel ressalta que atividades recentes, como a Aula Inaugural da 6ª Turma Especial de Medicina Veterinária do PRONERA, refletem o espírito de debate e pluralidade que caracteriza a vida universitária, em sintonia com sua longa trajetória de formação de profissionais críticos e comprometidos com diferentes setores da sociedade. É na universidade em que os projetos de sociedade são debatidos a partir das mais diferentes tendências conceituais e assim se buscam perspectivas para fomentar o desenvolvimento em seus diferentes contextos.

Há mais de 20 anos, a UFPel mantém uma parceria com o Pronera, programa executado pelo Incra e MDA, em parceria com o MEC, voltado a oferecer educação formal a trabalhadores e trabalhadoras rurais assentados da reforma agrária, contribuindo para a democratização do acesso ao ensino superior e formando profissionais de excelência que hoje atuam em diferentes regiões do país, assim como ocorre com os egressos de todos os demais cursos da instituição.

Com mais de 100 cursos de graduação e 48 programas de pós-graduação, a Universidade é um espaço plural que atua em diversas áreas do conhecimento, entre elas as Ciências Agrárias. Cursos como Agronomia, Zootecnia, Engenharia Agrícola e Medicina Veterinária desenvolvem pesquisas e parcerias que contribuem tanto com a agricultura familiar quanto com o agronegócio, reconhecendo a importância de todos os segmentos para o desenvolvimento do Brasil.

A UFPel reafirma seu compromisso com a pluralidade de ideias e a formação cidadã de seus estudantes. Cumprimos, assim, nossa função social: formar profissionais críticos, capazes de analisar e debater temas relevantes e complexos para a sociedade brasileira, entre eles os modelos de produção no campo, sempre orientados pelo interesse público e pelo respeito à diversidade de perspectivas.

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