Duas usinas fotovoltaicas de 4,1 megawatts de potência em Rio Grande serão responsáveis por suprir a demanda energética de 441 instalações de baixa tensão de prédios públicos de Porto Alegre. Os complexos de placas solares serão construídos em breve, com previsão de início da produção para maio de 2026. A operação é fruto de uma Parceria Público-Privada firmada pela prefeitura da Capital para a aquisição de energia limpa e maior economia de custos.
Conforme o diretor de energia solar do Sindienergia e advogado responsável pela assessoria do consórcio que irá implantar as usinas, Frederico Boschin, o investimento de Porto Alegre em energia renovável por meio de PPP é um movimento que já vem sendo realizado em outros estados, como Piauí, Ceará, Rio de Janeiro e Paraná.
“Os órgãos públicos, assim como os consumidores residenciais, também sofrem com o aumento da conta de energia. Por isso, as prefeituras buscam formas de redução do custo de energia. E a geração própria é a forma mais rápida e direta de reduzir despesas”, diz.
Segundo Boschin, a escolha de Rio Grande para a instalação das usinas se deu devido à boa infraestrutura da rede elétrica da cidade, sem congestionamento do sistema, e à disponibilidade de áreas com bom acesso rodoviário. No entanto, o consórcio ainda estuda a melhor área para a instalação do complexo fotovoltaico.
A geração de energia solar irá abastecer, por até 25 anos, uma série de prédios da administração porto-alegrense, como unidades básicas de saúde, Mercado Público, Edifício Intendente José Montaury, entre outros.
“Órgãos públicos têm se movimentado muito intensamente neste último ano em relação à geração de energia, seja junto aos telhados dos prédios ou por usinas remotas. O Rio Grande do Sul vem buscando de forma intensa o desenvolvimento dessas parcerias público-privadas, o que talvez falte é um pouco de capital e um direcionamento mais amplo dos projetos”, detalha.
Instalação privada
Conforme Boschin, além das duas usinas previstas para Rio Grande, outras quatro unidades de energia solar devem ser implantadas em Santa Vitória do Palmar e Chuí até o primeiro trimestre de 2026, por meio de investimento privado, com capacidade aproximada de 10 megawatts. “Para abastecimento de residências e pequenos comércios no âmbito da geração distribuída”, afirma.