O município do Rio Grande ampliou as ações de controle populacional de animais de rua com a implantação de uma nova unidade do castramóvel, que realiza cerca de oito castrações por dia. A unidade fixa continua atuando, mantendo a média de 30 procedimentos diários. O novo veículo tem como objetivo atender comunidades mais afastadas, como Ilha de Torotama, Povo Novo e Taim.
Segundo o Secretário Municipal dos Direitos dos Animais, Hiran Damasceno, em entrevista ao Debate Regional, da Rádio Pelotense, a iniciativa busca descentralizar os atendimentos e atingir as localidades que sofrem com o alto número de animais em situação de rua, especialmente nas regiões mais afetadas pelas enchentes de 2024.
Nova lei
Damasceno destacou que, conforme a lei municipal 3.514/80, a castração deve ser realizada a partir dos seis meses de idade. O procedimento é gratuito para pessoas de baixa renda, enquanto os demais tutores, incluindo aqueles que adquiriram o animal, são responsáveis pelo custo. “Quem ama o animal, castra. A castração aumenta a expectativa de vida, previne doenças graves, como câncer, e ajuda a evitar a reprodução descontrolada. Quem compra o animal também tem essa responsabilidade”, reforçou o secretário.
A lei também prevê a chipagem dos animais, permitindo identificar o tutor e responsabilizá-lo em caso de incidentes. Para animais de rua e tutores de baixa renda, a prefeitura cobre o custo do procedimento, facilitando o cuidado adequado e garantindo uma convivência mais segura em espaços públicos.
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Para garantir o cumprimento da legislação, a Secretaria Municipal dos Direitos dos Animais prepara ações de fiscalização e conscientização. Denúncias podem ser feitas pelo telefone da Guarda Municipal (3233-7279) ou do Código de Posturas (99971-7977). Além disso, campanhas educativas em escolas e outdoors informativos estão sendo planejados para reforçar a importância da guarda responsável.
Educação e responsabilidade
O município não possui canil desde 2013, por recomendação do Ministério Público, e aposta na educação e no apoio às protetoras independentes, que desempenham papel fundamental no cuidado diário e na orientação dos tutores. “O trabalho das protetoras é essencial, só a secretaria não daria conta da demanda. Com o novo castramóvel e a lei em vigor, esperamos reduzir a superpopulação de animais de rua e oferecer mais qualidade de vida aos animais e à comunidade”, concluiu Damasceno.”