O duelo entre Brasil e Brasiliense deste domingo colocará frente a frente dois técnicos que se conhecem muito bem. Marcelo Caranhato e Luiz Carlos Winck se enfrentaram em diversas oportunidades nos últimos anos e agora se reencontrarão valendo uma vaga nas quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro.
“Já enfrentei o Winck várias vezes, ele nos enfrentou várias vezes. É um duelo de ideias, de conceitos de futebol”, disse Caranhato em entrevista coletiva nesta sexta-feira (9) no Bento Freitas.
Durante a semana, Winck disse ao A Hora do Sul que sua equipe será propositiva no jogo de ida. No entanto, Caranhato diz não acreditar que o adversário atue de forma ofensiva, buscando o gol a todo momento, mas que independentemente sua equipe manterá a mesma postura das últimas partidas.
“Pela característica do Brasiliense, de ter jogadores experientes, não sei se eles vão ir para a trocação com o nosso time. Mas a gente tem um jeito de jogar. Foi o jeito que melhor se encaixou nessas características dos nossos jogadores, e isso não vai mudar. Lógico que precisa ter cautela, um cuidado maior. Mas o jeito de jogar, de colocar o maior número possível de jogadores dentro do campo adversário, não vai mudar”, afirmou.
Matheus Marques não joga e Adriel deve seguir no banco
O treinador confirmou que Matheus Marques segue no Departamento Médico e acredita que possa voltar para o jogo de volta. Já Adriel, titular em grande parte da primeira fase, está recuperado de um trauma na face, mas deve seguir por enquanto no banco de reservas.
“O Adriel voltou a treinar, está à disposição. Nós temos dois zagueiros que vêm jogando, o Lopes e o Maurício, muito bem. Então precisa ter um pouco de calma nesse momento. Tem o Léo também, uma surpresa muito boa para nós”, comentou o treinador.
A escalação do Xavante deve ser a mesma que iniciou contra o Água Santa: Jacsson; Samoel Pizzi, Lopes, Maurício Moraes e Mário Henrique; Araújo, Maurício, Matheus Guimarães, Rafael Holstein e Adriano Klein; Lucão.
Caranhato mais uma vez aproveitou para elogiar o grupo de jogadores. Desde a sua chegada são oito jogos, com seis vitórias. A equipe estava na lanterna do grupo e avançou em segundo. “De uma maneira prática e objetiva, a gente foi ajustando a equipe. Os atletas foram entendendo nosso conceito de jogo. São jogadores inteligentes. Estavam aptos a receber essas informações. E a gente é um time muito forte. Mas a gente só continuará forte fazendo o que tem de melhor: nossa entrega e jogando coletivamente”, comentou.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Caranhato
“A questão mental faz muita diferença nesse momento. Ter tranquilidade para, no momento em que a sua equipe oscilar, estar pronto para sofrer um pouco também, e quando estiver melhor, definir o jogo. Você precisa estar muito forte mentalmente”.
“A torcida é fundamental para nós e tenho certeza de que fará a diferença. A gente sabe das dificuldades climáticas do jogo contra o Água Santa. Frio, chuva. Mas mesmo assim o torcedor nos apoiou.”
“Você vai passando de fase e a tensão e apreensão vão aumentando. A margem de erro começa a diminuir. Quando você passa da fase de grupos, você sabe que vai selecionar bastante o próximo campeonato. Pegamos logo de cara o Água Santa, um dos favoritos a subir. E logo na sequência o Brasiliense, outro franco favorito pelo investimento, qualidade do time. São dificuldades que a gente precisa superar”.
“A gente fez muita força para chegar até aqui. Contamos com uma união, uma força muito grande do grupo. Quando mais precisou, o grupo deu resposta. Precisa validar isso. Treinando mais, se entregando mais. Temos uma responsabilidade muito grande pelo que a gente fez até o momento. No futebol, a cada momento bom, a cada vitória, se cria uma expectativa maior. E só os grandes conseguem sustentar essa expectativa”.
“Foi construída uma equipe muito forte para essa reta final, e eles precisam acreditar nisso. Independentemente da dificuldade, e a maior delas é o adversário, a gente sabe que, se jogar no limite, tiver a atenção necessária, jogar concentrado, um pelo outro lado, a possibilidade aumenta”.
“Na parte tática, são ajustes finos. A gente analisa muito o adversário. Depois do jogo contra o Água Santa, no domingo mesmo, a gente já pegou alguns jogos do Brasiliense. Conseguiu visualizar o que o adversário tem de melhor, e o que tem de não tão bom assim. Precisa explorar essa situação, da mesma forma que o adversário também nos conhece”.