Pelotão do Corpo de Bombeiros do Fragata está sem guarnição por falta de pessoal

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Pelotão do Corpo de Bombeiros do Fragata está sem guarnição por falta de pessoal

Unidade da avenida Pinheiro Machado mantém uma viatura leve e galpão abriga cinco botes e um caminhão

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Pelotão do Corpo de Bombeiros do Fragata está sem guarnição por falta de pessoal
Estrutura foi criada em 1995 (Foto: Jô Folha)

Entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira, dois incêndios, quase simultâneos, em Pelotas e Capão do Leão (leia mais na página 15) mobilizaram as guarnições das únicas duas unidades do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) na região. De acordo com a assessoria do órgão estadual, o Pelotão do Fragata está atualmente sem guarnição. A estrutura localizada na avenida Pinheiro Machado abriga cinco botes e um caminhão. Uma viatura leve costuma permanecer no local, mas sem possibilidade de atender chamados. O comandante do 2º Pelotão do CBMRS, capitão Rodrigo Gomes, informa que em Pelotas há dois quartéis em operação.

A informação surpreendeu a Associação dos Amigos do Fragata, que vem tentando reativar centros comunitários e empresariais no bairro. Segundo o presidente da entidade, Edson Planella, a ausência de guarnição é uma novidade, já que até então se percebia movimentação de viaturas da corporação no espaço, principalmente caminhões.

“Vamos nos reunir para tratar sobre o assunto e, se for o caso, solicitar uma reunião com os responsáveis, pois para exigir documentação de alvarás das empresas há efetivo, mas para prestar o serviço básico dos bombeiros, como combate a incêndios, precisamos ficar na dependência de outras unidades”, comenta. Planella lembra que a instalação da unidade no bairro, em 1995, foi uma conquista de Iraci Duval da Conceição Berardi, liderança empresarial.

A assessoria de Comunicação do CBMRS informou, em nota, que o emprego das viaturas de auto-resgate (ambulâncias) foi descontinuado em algumas cidades em razão da limitação do efetivo existente e da necessidade de adequação orçamentária das cotas da Gratificação de Serviço Extraordinário (GSE). Segundo o comunicado, diante desse cenário, a corporação segue um planejamento técnico criterioso para minimizar os impactos no atendimento às ocorrências de urgência e emergência pré-hospitalares.

A medida busca otimizar os recursos humanos e financeiros disponíveis para a manutenção dos demais serviços prestados pelo Corpo de Bombeiros Militar, de forma ininterrupta, 24 horas por dia. Contudo, acabou afetando a operacionalidade de unidades como a do Fragata, bairro que concentra cerca de 80 mil moradores. Em 2016 e 2019, a unidade já havia ficado sem efetivo devido ao atraso no pagamento de horas extras.

Ainda conforme a nota, os bombeiros seguem atuando em suas demais atribuições constitucionais, incluindo serviços de combate a incêndios, prevenção e proteção contra incêndios, salvamentos, buscas, resgates e ações de defesa civil, com efetivo das Três Vendas e do Quartel da rua Gomes Carneiro, no Centro de Pelotas.

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