O vereador Jurandir Silva (PSOL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suspeitas de desvios no Pronto Socorro (PS) de Pelotas, garante que a investigação irá produzir seu relatório, mesmo sem os depoimentos de Misael da Cunha, ex-diretor administrativo e financeiro do PS, e de Matheus de Souza Leão, proprietário da empresa de portaria que teria recebido pagamentos de notas duplicadas.
“Se alguém vai ficar tentando manobrar para não vir neste parlamento dar explicações, se alguém tem algo a esconder, se alguém vai ficar utilizando de todas as manobras jurídicas possíveis para não vir aqui dar nenhuma explicação, nós vamos proceder com o relatório”, disse o vereador.
Silva diz que vai aguardar por uma semana para a produção do relatório, afirmando que a CPI já levantou elementos suficientes sobre o caso.
Comissão aguarda condução coercitiva
O presidente da CPI, vereador Rafael Amaral (PP), pediu à justiça que Misael da Cunha e Matheus Leão sejam conduzidos coercitivamente para depor à comissão. O pedido ainda não foi aceito e aguarda parecer do Ministério Público.
A condução coercitiva é um método previsto no código penal para que se uma testemunha, acusado ou vítima em um processo não comparecer, existe a possibilidade de se pedir que a pessoa seja levada para depor por um oficial de justiça, que pode pedir auxílio policial.
No pedido enviado à justiça, se sugere que os depoimentos sejam realizados na próxima quarta-feira (14).