Alessandro Telles voltou nesta quarta-feira (27) à Boca do Lobo. Em entrevista coletiva, o treinador falou pela primeira vez desde o anúncio para comandar o Pelotas na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann. O Áureo-Cerúleo estreia no dia 17, contra o Aimoré, em São Leopoldo.
O profissional de 55 anos retorna ao clube após cinco meses. Desde o encerramento do Gauchão, não dirigiu outra equipe. Aproveitou o período para evoluir em um curso de treinadores da Associação de Futebol Argentino (AFA, na sigla em espanhol). Ele já fala de olho na Divisão de Acesso 2026.
Após uma conversa no vestiário com direção e comissão técnica, os atletas, que se apresentaram nesta quarta, subiram ao gramado para o primeiro trabalho do ciclo preparatório de olho na Copinha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
Confira os principais trechos da coletiva.
Bra-Pel e Copinha
“Uma competição à parte. Um clássico, histórico. Mobiliza a cidade, mobiliza todos. Essa Copinha, por ter esses cinco times que participaram da primeira divisão… As últimas Copinhas não tinham esse nível técnico. Acho que esse ano o nível vai estar mais alto. O Esportivo, que fez a Divisão de Acesso, está se montando, se fortalecendo. Acho que o nível vai estar bem alto”.
Integração com o sub-20
“O primordial é sempre pensar no Pelotas. Sabemos que isso é muito difícil pelo calendário. Eles já estão em competição, nós vamos entrar em uma. Queremos os atletas com a gente, mas não podemos tirar eles da competição. Já falei com o Antônio [Freitas, treinador do sub-20] e o Daniel [Carvalho, diretor esportivo], marquei um café para a gente trocar uma ideia. Queria que o Antônio participasse com a gente dos treinamentos, ele vai ser primordial para essa estruturação dos jogadores que têm melhor qualidade para ascender ao profissional. As datas podem coincidir, mas é uma outra questão, para depois”.
Aprimoramento na AFA
“O curso são três anos, ontem foi a última e estou trancando de novo. Trabalhando, você tem que se dedicar 24 horas aqui. Está faltando pouquinho. Algumas ideias que eu já tinha, e você sempre vendo jogos, acompanhando equipes, tentando trazer para sua realidade, e são essas formas que estou pensando novamente. A minha maneira de jogar hoje muda um pouco, mas já com isso em treinamento desde a época como auxiliar no Coritiba”.
Modelo de jogo
“Os estímulos vão começar desde hoje. Já começa a se falar nos modelos de jogo e eles já iniciam a temporada sabendo aquilo que vão fazer, não tendo que trocar. Quando você faz um treinamento para um Campeonato Gaúcho, uma pré-temporada, vários jogos, você tem um sistema de jogo, não consegue fazer uma mudança direto. Jogo quarta e domingo, às vezes a minha parte, a parte técnica, eram de 15 a 20 minutos. Aí não consegue mudar o estímulo, é muito pouco”.
Elenco
“A gente sabe que está faltando algumas posições, mas também entendemos a situação financeira que essa competição dá. Temos que ter tranquilidade, acho que o grupo foi bem montado, tem bons jogadores. É tentar mexer no tabuleiro, algumas pessoas que podem chegar”.
Olho na Série A-2 de 2026
“A conversa com o [presidente Rodrigo] Brito foi justamente isso: vir para a Copinha e fazer uma preparação, porque a maior competição realmente é o Acesso. Conversamos sobre isso, temos a ideia disso, de montar essa equipe e tirar o máximo possível, juntamente com a base, para o Acesso”.