Estão abertas as inscrições para a 2ª Olimpíada Brasileira Nacional de Astronomia Digital (ONAD) e são gratuitas. Podem participar estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, além de familiares, que têm uma categoria aberta especialmente para eles. A primeira fase acontece de 23 a 31 de agosto de 2025, e ainda será possível se inscrever durante esse período. A competição, realizada totalmente online nas duas primeiras etapas, é conhecida por seu formato acessível e visualmente atrativo: provas com GIFs, imagens coloridas e vídeos, tornando o aprendizado de astronomia leve e envolvente. O rio-grandino, engenheiro aeronáutico Daniel Lavouras, criador e mentor de olimpíadas de conhecimento destaca a importância do engajamento de estudantes e o papel das olimpíadas científicas na educação.
Como foi a primeira edição e qual a expectativa para a segunda?
A primeira edição da ONAD já teve uma adesão bastante grande, com mais de 40 mil inscritos no país. A expectativa é de crescimento significativo na segunda edição, pois muitos estudantes que participaram de outras olimpíadas que organizo se interessaram pela proposta. O segredo está em oferecer, na primeira fase, uma prova simples, acessível e convidativa, para que até os alunos com mais baixa autoestima sintam-se motivados. É uma forma de engajar especialmente estudantes de escolas públicas.
Como são as provas?
Na primeira fase, temos uma prova visual, com GIFs, imagens coloridas e pequenos vídeos. Astronomia é uma ciência bonita, então aproveitamos isso. As fases seguintes vão ficando progressivamente mais difíceis, até a entrega das medalhas. Temos quatro categorias: Ensino Fundamental I (3º ao 5º ano), Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), Ensino Médio e a categoria aberta, para qualquer pessoa, inclusive pais, mães e avós.
Qual a importância das olimpíadas científicas?
As olimpíadas científicas são instrumentos pedagógicos importantes. No Brasil, mais de 26 milhões de alunos participam, anualmente, de mais de 130 competições. Embora algumas classifiquem para olimpíadas internacionais, o foco principal não é apenas identificar talentos, mas engajar estudantes, especialmente na base da pirâmide. Elas quebram a rotina tradicional de sala de aula, motivando alunos e professores com desafios diferentes das provas escolares.
De onde vem sua paixão pela astronomia?
Sempre fui astrônomo amador. Ganhei um telescópio do meu pai aos 12 anos e nunca perdi o interesse. Acho que todo mundo tem uma curiosidade natural pelo céu. A astronomia é uma ciência transversal: envolve geografia, matemática e física. É uma porta de entrada para despertar o interesse científico nas crianças.
E como é o céu da região Sul para observação?
Apesar da umidade e da nebulosidade, temos baixa poluição luminosa. Com algum deslocamento, é fácil encontrar locais ideais para observação. Nosso céu é muito bonito e permite identificar objetos a olho nu, como chuvas de meteoros, conjunções, eclipses e até cometas, quando aparecem. Sempre há algo interessante acontecendo.
