A Educadora Física e professora de Danças Tradicionais Priscila Fonseca atua também como avaliadora em concursos tradicionalistas na área da dança em todo o Brasil. Priscila fortaleceu seu amor pelo folclore gaúcho dentro do CTG Carreteiros do Sul, que nasceu na antiga Escola Técnica de Pelotas, no atual do Campus da praça 20 de Setembro do Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSul). O CGT foi fundado em 2 de abril de 1966.
Conta como surgiu o Carreteiros do Sul?
O CTG Carreteiros do Sul é uma entidade tradicionalista, filiada ao Movimento Tradicionalista Gaúcho, fundado dentro da então Escola Técnica de Pelotas, por um grupo de alunos que não era de Pelotas. Eles vinham de fora para estudar aqui, sentiram falta de casa e resolveram criar o CTG.
Como você se integrou ao Carreteiros do Sul?
Em 2005, eu fui estudar no Cefet, na época. E vi que tinha aquele galpão lá fechado. E junto com um grupo de amigos que também fazia parte do tradicionalismo, e outros grupos de escola da cidade, resolvemos reativar as atividades no Carreteiros. Hoje o Carreteiros do Sul conta com as quatro invernadas ativas, mais invernada cultural, de esportes, e é uma entidade, uma das mais fortalecidas dentro da cidade de Pelotas e do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Essa entidade tem muita história, não é?
Sim, o Carreteiros é a quarta entidade mais antiga de Pelotas e filiado ao Movimento Tradicionalista ele é o de número 33. O Carreteiros foi criado no mesmo ano em que se fundou de forma oficial e organizada do Movimento Tradicionalista Gaúcho. De lá pra cá nós tivemos muitos momentos no Movimento como um todo, desde sediar o primeiro congresso tradicionalista da nossa região, entre outras muitas atividades. Eu me fiz também tradicionalista dentro do Carreteiros. Eu comecei a dar aula de dança com 15 anos de idade. Desde novinha eu optei pela minha formação acadêmica em Educação Física em função da dança e se hoje sou professora de danças tradicionais, não só em Pelotas mas fora da cidade e por todo Estado e também me fiz avaliadora de danças tradicionais e levo a nossa cultura para fora do Rio Grande do Sul também, é muito em função de ter essa questão do tradicionalismo enraizado desde nove e também vinculado à questão educacional, ao estudantil do IFSul.
Hoje tu consegue unir as duas coisas?
Nós ainda não tínhamos esse curso de Dança na Universidade Federal. E a Educação Física era o curso que tinha muitas cadeiras e eu sempre gostei de dar aula. E depois era o curso que mais se afinava. Lá passei a gostar muito também da área da saúde, por isso optei por ser personal trainer. Então hoje em dia a logística é: durante o dia o personal trainer e a noite sou professora de dança em CTG.
Como é que tu chegaste ao cargo de avaliadora?
Durante a pandemia se formou uma nova equipe de avaliação e eu recebi o convite para fazer parte. Depois de avaliar no MTG Rio Grande do Sul concomitante, fui convidada a fazer parte da comissão avaliadora da CBTG, que é a Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha. Temos CTGs fora do Rio Grande do Sul em muitos estados.