A região Sul registrou queda na geração de vagas de emprego formais pelo segundo mês consecutivo. De acordo com os dados divulgados nesta semana no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em junho foram perdidos 112 postos de trabalho nos 23 municípios que fazem parte do Corede Sul, com maior destaque para as perdas na indústria, seguindo a tendência observada no Estado.
O setor da construção é o de maior destaque na empregabilidade da região, com 140 vagas de trabalho com carteira assinada criadas no mês de junho.
Pelotas perdeu 94 vagas de emprego, sendo a maior parte delas no setor de serviços (77), seguido da indústria (60) e do comércio (30). Para o economista e diretor da Associação Comercial de Pelotas (ACP), João Carlos Madail, a sazonalidade das atividades na indústria e o encerramento das atividades de alguns supermercados na cidade podem ter refletido nestes números e que logo serão realocados nos novos empreendimentos que estão sendo abertos. “A partir de novembro a oferta de trabalho em Pelotas deve crescer, mesmo com atividades temporárias que podem ser mantidas em função do desempenho de cada um”, projeta. Ainda assim, o estoque total de empregos formais em Pelotas é de 66.191.
Rio Grande tem saldo positivo
Na contramão do que é observado na região, Rio Grande encerrou o mês de junho com saldo positivo de 138 postos de emprego criados, com maior destaque para a construção (71) e o comércio (69).
As perdas estiveram concentradas no setor industrial (16), também seguindo a tendência do Rio Grande do Sul. “Em função do reduzido potencial de indústrias, o que proporcionaria uma maior demanda de trabalho o ano inteiro, resta o comércio que é forte, mas com demandas sazonais, ou em determinados períodos, como datas festivas ou nas movimentações de final de ano”, avalia o economista.
Em maio, Rio Grande já havia registrado saldo positivo na criação de postos de trabalho, com 67 vagas. O estoque total de empregos formais na cidade é de 43.241.
O Estado registrou saldo positivo de 2.443 empregos de carteira assinada. Esse número é resultado de 123.412 contratações e 120.969 desligamentos. O saldo representa uma recuperação expressiva em relação a junho do ano passado que, impactado pelas enchentes, havia sido de perda de 8.630 vagas.
As cidades com maior geração de empregos formais em junho foram Porto Alegre (534), Vacaria (506), Canoas (465), Gramado (296) e Vera Cruz (296).
O setor de serviços liderou as contratações, enquanto que a agropecuária e a indústria apresentaram quedas de 134 e 123 postos de trabalho.
Brasil cria 166 mil empregos formais
Em junho, os dados do Caged indicam a criação de 166.621 vagas de emprego formal no país. O número é o resultado de 2,14 milhões de contratações e 1,97 milhão de demissões.
Os dados representam uma queda de 19% em relação a junho do ano passado, quando foram criados cerca de 206,3 mil empregos com carteira assinada. No acumulado do ano foram criados 1,22 milhão de empregos no Brasil.
Rio Grande
- Admissões: 2.307
- Desligamentos: 1.479
- Saldo: 138
- Estoque mensal: 43.241
- Mais criou: construção (71), comércio (69) e serviços (8)
- Maio criou 67 novas vagas
Pelotas
- Admissões: 2.307
- Desligamentos: 2.401
- Saldo: -94
- Estoque mensal: 66.191
- Mais criou: construção (74)
- Maio criou 41 postos de emprego
Região 23 municípios do Corede Sul
- Admissão: 5.179
- Desligamentos: 5.291
- Saldo: -112
- Estoque mensal: 147.323
- Destaques: (-134) indústria, (-123) agropecuária e (140) construção
- Maio perdeu 239 postos de trabalho
