As obras do complexo eólico Electra Ventos do Sul, em Santa Vitória do Palmar, começam em agosto. O empreendimento, com investimento de R$ 950 milhões, será composto por cinco parques eólicos com 121,8 megawatts (MW) de capacidade instalada e deverá entrar em operação comercial no início de 2028.
O projeto do Grupo Electra, por meio das subsidiárias Electra Wind e Illian Renováveis, contará com 20 aerogeradores de grande porte distribuídos em uma área de 2,2 mil hectares. A Licença de Instalação foi concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) no início deste mês, liberando a construção.
“A energia gerada será destinada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e reforça o nosso compromisso com a expansão do parque gerador brasileiro com base em energia limpa”, afirma o diretor-presidente do Grupo Electra, Claudio Alves.
Vantagem estratégica
Segundo Alves, a escolha por Santa Vitória do Palmar se deu pelo forte potencial eólico da região e pela estrutura consolidada para o escoamento da energia gerada. O executivo destaca que a localização oferece vantagem em relação a outras regiões do Brasil, como o Nordeste, onde a infraestrutura de transmissão limitada tem provocado cortes de geração.
“Os projetos de energia renovável desenvolvidos no Sul não estão sujeitos aos cortes de geração que têm prejudicado empreendimentos de outras regiões do país”, argumenta.
Expansão
Com o novo complexo, o Grupo Electra eleva para 968,5 MW sua potência instalada total, somando empreendimentos em operação e em desenvolvimento. Atualmente, 327,5 MW já estão em operação comercial, enquanto 641 MW estão em fase de implantação ou estruturação.
Parte dessa expansão vem de aquisições recentes, como a compra de 13 ativos da Copel Geração e Transmissão, no fim de 2024, que adicionaram 118,7 MW ao portfólio da companhia.
Sustentabilidade
A estratégia da Electra tem como foco o mercado livre de energia e o modelo de autoprodução, visando atender a demanda crescente por energia renovável entre grandes consumidores. Segundo Alves, os contratos deste tipo são fundamentais para o plano de crescimento da empresa.
“A negociação de novos contratos com consumidores livres é parte essencial do nosso plano de crescimento”, afirma. A expansão também está alinhada aos compromissos ambientais do grupo, que visa “atender aos objetivos ESG e às exigências crescentes do mercado por soluções sustentáveis”.
