A morte do então prefeito de Rio Grande, Wilson Mattos Branco (PMDB), aos 58 anos, no dia 20 de julho de 2000, entristeceu a comunidade vizinha. Desde o dia 17, o político estava internado na Santa Casa de Porto Alegre, onde se submeteria a uma cirurgia nas carótidas, porém horas antes do procedimento sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC). A morte ocorreu pouco mais de seis meses antes do fim do seu mandato.
Filho de pescadores, Wilson Branco nasceu na Ilha dos Marinheiros, em 10 de janeiro de 1942. Desde muito jovem começou a trabalhar na pesca e na agricultura, juntamente com seus pais, Arlindo da Silva Branco e Oraide Mattos Branco e cinco irmãos.
Na idade adulta foi trabalhar no comércio na área central de Rio Grande, mas seguiu ligado ao setor pesqueiro. Foi presidente da Colônia de Pescadores Z-1, onde desenvolveu importantes ações de assistência aos pescadores e suas famílias. Essa atuação o credenciou a chegar na presidência da Federação dos Pescadores do Rio Grande do Sul, onde atuou, especialmente, reivindicando melhorias para a categoria junto ao governo do Estado e ao federal.
Carreira política
Em 1992 concorreu ao cargo de vereador pelo PMDB e foi o mais votado. Depois de dois anos lutou por uma vaga na Câmara Federal, porém ficou como suplente. Em 1996 sua candidatura ao cargo de prefeito foi homologada, vencendo a eleição.
Foi considerado, por meio de pesquisa da revista IstoÉ/Brasmarket, o melhor prefeito do Rio Grande do Sul. O mandato de Branco começou em 1º de janeiro de 1997 e foi finalizado com a morte do político, em 20 de julho de 2000.
Despedida
O sepultamento de Branco causou comoção em Rio Grande. Milhares de pessoas acompanharam a chegada do corpo do prefeito. A recepção foi feita na BR-392, quando o caixão foi colocado sobre o carro dos Bombeiros. O cortejo, até o ginásio Farydo Salomão, onde ocorreu o velório, foi acompanhado por populares emocionados, que tentavam se despedir do querido prefeito. O enterro ocorreu na manhã de 22 de julho, no Cemitério Católico São Jorge.

Um cortejo conduziu o corpo do político e comoveu a comunidade rio-grandina. (Foto: Reprodução)
Por decisão da família, os órgãos de Wilson Branco foram doados e as cirurgias para os transplantes foram realizadas na madrugada do dia 21 de julho. Deixou a mulher Aracy Branco com quem teve os filhos Julce Helena, Joceli, Jardel e Janir Souza Branco.
Fonte: Diário Popular/Acervo da Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org
Há 50 anos
Pelotas recebe o fogo simbólico no Altar da Pátria
Cerca de um mês e meio antes da Semana da Pátria, Pelotas viveu em 19 de julho de 1975 a primeira cerimônia cívica preparatória para esse evento. A chegada do Fogo Simbólico ocorreu às 16h, em um ato no Altar da Pátria, na atual praça Dom Antônio Zattera.
O fogo simbólico veio de Rio Grande trazido por atletas daquele município e permaneceu até as últimas horas da manhã do dia seguinte. De Pelotas seguiu para Arroio Grande, outra cidade da Zona Sul na rota do símbolo, escoltado por atletas do 4º Batalhão de Polícia Militar e da Escola Superior de Educação Física.
Estiveram presentes no evento o prefeito, Ary Alcântara, o subcomandante do 9º Batalhão de Infantaria Motorizada, o tenente-coronel Ewaldo Poeta, e o tenente-coronel Adão Pereira Ávila, titular do 4º BPM, entre outras autoridades. Uma centelha foi guardada em Pelotas no Batalhão Tuiuti, e ficaria sob os cuidados do 9º Batalhão de Infantaria, na Praça dos Heróis, ali permaneceu até as 23h23min do dia 31 de agosto, quando foi encaminhada até o Altar da Pátria.
Fonte: Diário Popular/Acervo BPP
Há 100 anos
Comissão pede ajuda para finalizar igreja
Estavam em andamento os trabalhos de ornamentação e pintura da Matriz Sagrado Coração de Jesus, a Igreja do Porto. A pedra fundamental deste templo foi lançada em 1912. “Dom Francisco de campos Barreto, que iniciou a construção, encontrou em todos os fiéis o apoio mais decisivo e em breve teve a consolação de vê-la apta para o exercício do culto”, registrou o jornal A Opinião Pública de 19 de julho de 1925.
Na época, uma comissão trabalhava para angariar recursos para finalizar a igreja. Chás musicais foram realizados no mês de junho e renderam mais de sete contos de réis. Além da pintura contratada por 15 contos, calculava-se que os trabalhos de ornamentação em gesso “esculturado”, os forros, escadas, batistério e outros detalhes custasse cerca de dez contos. “Assim pois, a comissão espera ainda contar com a generosa boa vontade de todos quantos já, tantas vezes atenderam a seu apelo em favor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus”, solicitava o articulista.
Fonte: Diário Popular/Acervo BPP