Durante a entrevista no Resenha Esportiva desta quarta-feira (16) , o diretor de futebol do Lobo, Carlos Augusto Tavares, também comentou a situação administrativa e financeira do Pelotas. O dirigente contou que o clube teve uma penhora de R$ 520 mil na sua cota televisiva do Gauchão.
“Isso é muito dinheiro para um clube do interior. Começamos a correr atrás desse numerário para conseguir no início de março a folha de fevereiro e os 15 dias de março. Nos faltavam exatamente R$ 480 mil e fecharíamos o campeonato com R$ 40 mil no caixa”.
O motivo da penhora foram dívidas trabalhistas com dois jogadores. O primeiro o Pelotas pagou por um período, depois cedeu uma loja em torno do estádio como pagamento. O atleta explorou com aluguéis neste período, mas descontente voltou a justiça e ganhou a causa por R$ 350 mil. O outro jogador esteve no Pelotas por 20 dias e assinou um pré-contrato. Mesmo sem ter entrado em campo pelo Lobo, ganhou R$170 mil. O dirigente avisa que o dinheiro não está perdido. “Cabe recorrer, mas ficamos privados dele”.
“Uma luta quase que insana, passando o chapéu, esforço de vários diretores dos seus próprios bolsos. Patrocinadores que nos ajudaram mais um pouco. E também agradecer aos inquilinos da Boca do Lobo, que foram fundamentais no pagamento dessas contas com atletas. Se não cumpridas, nos trariam dívidas de em torno de R$ 1 milhão com questões trabalhistas”, destaca.
Em relação aos acertos financeiros com o elenco do Gauchão, Tavares afirma que houve uma conversa individual com cada atleta e todos aceitaram as condições oferecidas para receberem os valores restantes. O Pelotas ainda tenta resolver 15 questões trabalhistas, oito delas em fase final de pagamento.
A entrevista completa está disponível no no link: t.ly/qOgYx.