Imperiais lutam contra ataque surpresa dos Farroupilhas a São José do Norte

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Imperiais lutam contra ataque surpresa dos Farroupilhas a São José do Norte

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Atualizado quarta-feira,
16 de Julho de 2025 às 13:01

Há 185 anos

Vila de São José do Norte é atacada pelos Farroupilhas

A madrugada de 16 de julho de 1840 foi dramática para a comunidade da vila de São José do Norte. Nas primeiras horas daquele dia as tropas farrapas começaram um ataque contra os Imperiais, na tentativa de tomar a localidade e conseguir chegar ao porto de Rio Grande. Essa é considerada a mais sangrenta das batalhas ocorridas durante a Revolução Farroupilha, que se estendeu por dez anos, de 1835 a 1845.

O ataque surpresa a São José do Norte foi comandado pelo charqueador e revolucionário Bento Gonçalves. O comandante das tropas Farroupilhas contou com o apoio dos líderes rebeldes Domingos Crescêncio, no comando da divisão de infantaria, Onofre Pires, liderando a cavalaria e Giuseppe Garibaldi, com o esquadrão de infantaria e seus marinheiros. Mais de mil homens partiram para tomar a cidade.

As tropas imperiais foram surpreendidas, porém, os soldados, comandados pelo coronel Antônio Soares Paiva, resistiram e, favorecidos por uma tempestade que caia naquelas primeiras horas do dia, conseguiram impedir o avanço dos rebeldes.

Município ficou conhecido como Mui Heróica Vila (Foto: Reprodução)

A batalha durou horas e resultou em muitas baixas de ambos os lados. Mais de 250 homens morreram durante a batalha, além de cerca de 230 feridos e 18 revolucionários presos.

Diante da resistência, Bento Gonçalves foi aconselhado a colocar fogo na vila, com o objetivo de obrigar a retirada das tropas inimigas. Incendiar a vila seria um ato extremo, que causaria a morte de muitos moradores. “Por tal preço não quero a vitória”, disse Gonçalves. Com a decisão, os farrapos se retiraram do confronto.

Denominação

Durante a Guerra dos Farrapos a vila se manteve aliada do governo Imperial do Brasil. Por causa dessa lealdade e pela resistência a essa grande batalha, em 1841, o imperador Dom Pedro II assinou Decreto concedendo a denominação de “Mui Heróica Vila de São José do Norte”.

Fontes: blog Memórias do Pampa; Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 85 anos

Confeitaria Nogueira chega ao 41º ano de atividades

Em notícia do jornal Diário Popular 16 de julho de 1940, foi registrado o aniversário  da Confeitaria Nogueira, que na época completava 41 anos. Criada em 1899, é a empresa mais antiga neste setor, que se tem registro em Pelotas. Também foi a mais longeva, encerrando as atividades em 1981.

Confeitaria criada em 1899 funcionou até 1981

Confeitaria criada em 1899 funcionou até 1981

No dia 16 de julho, o proprietário Manuel Nogueira ofereceu a poucos convidados uma celebração da data. Os convidados puderam desfrutar de uma farta mesa de doces, claro.

A confeitaria foi fundada por Antônio Nogueira Sobrinho, passando posteriormente  a ser dirigida por Manoel Nogueira, e permaneceu na família até o fechamento. O comércio era na rua 15 de Novembro, hoje número 559, entre as ruas Marechal  Floriano e Sete de Setembro.

Os confeiteiros treinados produziam doces de balcão, de tacho e cristalizados, bolos artísticos e de casamento. Além destes produtos, possuía padaria e armazém, comercializando produtos importados e coloniais. Também exportou doces para o Uruguai, a Argentina e os Estados Unidos.

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Museu do Doce da Universidade Federal de Pelotas

Há 15 anos

CTBM de Pelotas ganha prédio próprio para ser instalado

Colégio Tiradentes foi inaugurado em 2011

Criado em 25 de setembro de 2008, através do decreto n.º 45.912, publicado no Diário Oficial n° 187, no dia 26, pela governadora, Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul, a unidade do Colégio Tiradentes da Brigada Militar de Pelotas. Mas foi em 16 de julho de 2010, que o Tenente Coronel QOPM Júlio César Schwantz, na época respondendo pelo Comando do CRPO SUL, assinou o ofício que formalizou o pedido de cessão de uso do prédio em que a escola está instalada atualmente.

Após uma longa trajetória da documentação, em 22 de dezembro do mesmo ano, foi autorizado o funcionamento do liceu, credenciando a entidade a oferecer o ensino médio. O primeiro edital de seleção saiu no dia 27 daquele mês, para o ano letivo de 2011.

Finalmente, às 14h do dia 21 de fevereiro de 2011, “apresentaram-se os sessenta alunos aprovados no processo seletivo, os quais de imediato iniciaram o treinamento e o conhecimento das e atividades de rotina diária, monitorados por seis alunos do CTBM de Porto Alegre, e supervisionados pelo Comando da Unidade e seu corpo técnico”, conforme divulgado pela Brigada Militar.

Fonte: site Brigada Militar RS

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