Os vereadores de Pelotas aprovaram ontem o projeto do governo Fernando Marroni (PT) que autoriza a prorrogação por mais 60 dias dos contratos emergenciais em vigência de condutores, médicos, rádio-operadores e telefonistas do Samu. A central de Pelotas concentra os chamados de 11 municípios da região. O projeto foi enviado pelo governo na segunda-feira e agora irá à sanção pelo prefeito Fernando Marroni (PT).
A prorrogação dos contratos foi a alternativa encontrada pelo governo para evitar a crise no atendimento do Samu. Segundo a administração, um novo processo será lançado nos próximos dias para selecionar os profissionais para atuarem no Samu. O edital irá prever que os candidatos devem ter formação em urgência e emergência.
De acordo com a gestão, os contratos em vigor serão prorrogados imediatamente. Das pessoas que estavam no cadastro reserva da seleção de 2023, 10 foram chamadas e vão assumir os cargos.
Uma telefonista do Samu celebrou que a Câmara aprovou o projeto rapidamente. “Era o que a gente queria que tivesse ocorrido desde o início, agora em cima da hora”, comenta. Um condutor de ambulância considera que, depois da ‘trapalhada’, a proposta acaba sendo ‘menos pior’. Ele cita que já foram admitidos seis telefonistas e quatro condutores e que agora serão abertas vagas para 14 telefonistas e dez condutores.
“O que me intriga é que serão dois editais em paralelo, um com vagas para condutor, médicos e motolância, e pelo jeito será lançado outro para rádio-operadores e telefonistas. Por que não refazer um único, organizado, como sempre foi?”, critica o condutor.
Risco descartado
Anteriormente, havia o risco de os atuais profissionais serem substituídos por trabalhadores sem experiência em funções fundamentais para o funcionamento do serviço. Agora, com a prorrogação, a administração terá o tempo hábil para realizar um novo processo seletivo para suprir as vagas.
O impasse no Samu surgiu após os vereadores terem aprovado no dia 4 de julho o projeto que autoriza a gestão a manter os contratos emergenciais. Com a maioria dos contratos encerrando entre os dias 17 e 19 de julho, não haveria tempo hábil para a realização de um processo seletivo do zero.
